Notícias, comentários e curiosidades (por Armando Lopes Rafael) exclusivo para o Blog do Antônio Morais

Curiosidades e revelações da história do Cariri

Cachoeira de Missão Velha

Nas últimas décadas de 1600 o atual vale do Cariri era povoado por tribos indígenas, dentre as quais se destacava a dos Cariris. Estes, eram oriundos do planalto da Borborema – região atualmente localizada no Estado da Paraíba – e de lá se haviam transportado para as faldas da Chapada do Araripe, em época incerta. Ainda hoje, na Paraíba, existe uma região conhecida por Cariri. Com a vinda desses indígenas para o atual sul do Ceará, nossa região passou chamada de Cariris Novos.  Segundo renomados historiadores, com o objetivo de catequizar esses índios, – preparando-os como catecúmenos a serem recepcionados na Igreja Católica – para cá vieram missionários franciscanos capuchinhos, oriundos do Convento da Penha, de Recife. Foram eles os fundadores da Missão de São José dos Cariris Novos, localizada no sítio Cachoeira. Essa missão seria a célula-mãe do futuro Município de Missão Velha.

A importância de Missão Velha para a história do Cariri

Já a partir de 1707 começaram a se estabelecer na região dos Cariris Novos os primeiros colonizadores brancos. Foi o caso do baiano João Correia Arnaud, que aqui chegou com toda a família, agregados e escravos. É fato que a Missão de São José dos Cariris Novos foi crescendo paulatinamente, e já em 1748 nela foi criada a primeira paróquia do sul do Ceará, tendo como padroeira Nossa Senhora da Luz. A nova paróquia, a época a única do Vale do Cariri, foi desmembrada da Freguesia de Icó. É unânime, entre os historiadores, que a Missão de São José dos Cariris Novos – hoje cidade de Missão Velha –, era, àquela época, o mais importante núcleo do sul do Ceará. Basta lembrar que a segunda paróquia do Cariri, a de Nossa Senhora da Penha de Crato, só seria instalada em 1768, vinte anos depois da instalação da paróquia de Missão Velha.

A primeira Paróquia do Cariri

Matriz de Missão Velha, a primeira paróquia do sul do Ceará

 A criação da nova Paróquia (àquela época denominada Freguesia) com sede na Missão de São José dos Cariris Novos, foi feita por provisão do Bispo de Olinda, Dom Frei Luís de Santa Teresa, com data de 28 de janeiro de 1748. O Padre Visitador Diocesano, Manoel Machado Freire, procedeu às providências legais desmembrando a Freguesia de Nossa Senhora da Luz dos Cariris Novos do Curato do Icó. Como não havia um templo à altura para funcionar como igreja-matriz foi escolhida provisoriamente uma humilde capela que tinha como orago Nossa Senhora da Piedade.

 É João Brígido quem informa: “Em 1759, achando-se arruinada a pequena igreja de Nossa Senhora da Piedade, que com a criação da Freguesia, se tinha transformado em matriz de Nossa Senhora da Luz, o vigário Manoel dos Prazeres Souza Magalhães requereu e obteve do bispo Dom Francisco Xavier Aranha, indulgência em favor dos fiéis que concorressem para a feitura de uma nova igreja-matriz, a qual devia ficar (a partir daquela data) com a invocação de São José”.  Efetivamente, a 3 de maio de 1760, foi autorizada a ereção da nova Matriz de São José, localizada no sítio da antiga capela do aldeamento indígena, passando o curato a denominar-se desde então, São José da Missão Velha do Cariri.

Centenário de Assunção Gonçalves

 Maria Assunção Gonçalves, uma mulher plural

Em sua página no Facebook, o governador do Ceará,  Camilo Santana,  prestou homenagem ao centenário de nascimento da professora e artista plástica Assunção Gonçalves, filha ilustre de Juazeiro do Norte. Assunção faleceu aos 97 anos,   em maio de 2013. Eis a mensagem de Camilo: "Este 1º de junho é um dia muito especial para o povo de Juazeiro do Norte e do Cariri. É o dia do centenário de nascimento da querida professora Assunção Gonçalves, uma pessoa por quem sempre tive enorme carinho, respeito e admiração. Eu a chamava de Nêga, pois era como se fosse uma tia querida, amiga-irmã de minha avó Neli Sobreira. Junto-me ao povo de Juazeiro nas justas homenagens prestadas hoje à grande mulher, educadora, artista e guardiã da história da terra do "meu padim", Maria Assunção Gonçalves".

Parece até um filme de terror

Assistir aos noticiários na televisão parece até ver um filme de terror. Esta semana foi pródiga nisso. Caiu o “Ministro da Transparência” (não existe um ministério com este nome em nação nenhuma do Mundo). Depois, a “Operação Zelotes” comprovou que um dos filhos de Lula, Luís Cláudio Lula da Silva, o caçula da família teria recebido R$ 10 milhões de propina. Em, seguida, noticiaram que Marcelo Odebrecht vai fazer delação premiada sobre as propinas que a empreiteira deu a Lula. Na sequência, anunciaram que o número de desempregados no Brasil subiu para 11 milhões e 400 mil. 

Álbum de família

É bom esclarecer que esse Luís Cláudio da propina de R$ 10 milhões não é o “Lulinha”, o outro “meu garoto”, aquele que foi comparado pelo orgulhoso pai como o “Ronaldo fenômeno” da família. Lulinha fenômeno é peso mais pesado... Por falar em “Ronaldo Fenômeno”... deixa prá lá... Como diz a Bíblia: “A cada dia basta o seu mal” (Mateus, 6,34).

Barco à deriva

E ainda tem “lulopetista troglodita” (desculpem o pleonasmo) que quer a Dilma de volta... ô raça! Há quem se apegue à velha história de que um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar. Se isso for verdade, podemos ter a esperança de que esta nefasta criatura – Dilma Vana Rousseff – que tanta desgraça trouxe ao Brasil, volte de vez para o Rio Grande do Sul?  E lá, “Descanse em paz”. Amém, Aleluia!

Uma curiosidade

Para o que serve mesmo esse “Instituto Lula” além da sua utilização como laranja para o recebimento de “doações” para o ex-presidente, doações que a Operação Lava Jato provou que são, na verdade, comissões de lobby, pelas quais “O Cara” está sendo acusado?

No mais

O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabucco, foi outro indiciado pela Polícia Federal. Também com um nome desses... Na antiguidade “trabuco” era uma máquina de guerra com que se arremessavam pedras. Anos atrás, chamava-se, também, “trabuco” uma espécie de espingarda de um só cano, curto e de grosso calibre. Aliás, o valoroso poeta e historiador caririense Joaryvar Macedo – precocemente falecido – deixou um obra (hoje considerada clássica) com o nome de “O Império do Bacamarte”. O livro versa sobre a sociologia do trabuco no sul do Ceará.