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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 13 de julho de 2016

‘Planalto age como uma virgem cega e maneta’ - Por Josias de Souza


Irmão do ministro Geddel Vieira Lima, coordenador político do Planalto, o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) acha que Michel Temer agiu corretamente ao tomar distância da briga pela presidência da Câmara. Avalia que, em meio à profusão de candidatos governistas, o presidente interino deflagraria uma onda de ciúmes se manifestasse preferência aberta por um dos postulantes.

“Não podemos esquecer que o governo de Dilma Rousseff começou a cair quando se meteu numa eleição para a presidência da Câmara”, disse Lúcio, evocando o episódio em que Dilma atravessou a rua para apoiar a candidatura do petista Arlindo Chinaglia e foi atropelada pelo triunfo de Eduardo Cunha.

Foi para evitar a repetição do erro que o Planalto adotou o que Lúcio define como “comportamento de uma virgem cega e maneta —não pisca nem acena para nenhum candidato em público.” O diabo é que o excesso de castidade deu à luz a candidatura de Marcelo Castro, que é do PMDB mas foi adotada por Lula e pelo PT.

Abalroado pela novidade, Temer flexibilizou o seu recato. Na noite passada, em plena festa de aniversário do ministro Mendonça Filho (Educação), foi visto tricotando com os senadores Agripino Maia e Aécio Neves, presidentes do DEM e do PSDB. O flagrante foi interpretado como um flerte do presidente interino com a candidatura de Rodrigo Maia, que tenta reunir toda a ex-oposição em torno de sua pretensão de presidir a Câmara.

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