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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Lider dele próprio - Por Antônio Morais


Não se cria um líder de improviso nem ele nasce feito. A monarquia, o melhor e mais perfeito sistema de governo do mundo, dá provas disto. Os príncipes ou princesas  vivem  dezenas  de anos ao lado do monarca conhecendo, aprendendo e executando o oficio de governar, antes de assumir a titularidade.

Não é um oportunista analfabeto de pai e mãe que de posse da caneta presidencial e do Diário Oficial vai ser um líder respeitado por seu pais. Mais dias, menos dias fracassa diante do populismo aventureiro, da vaidade e orgulho doentios e, sobre tudo da incompetência e irresponsabilidade.


Dom Luiz Cappio, bispo da cidade de Barra na Bahia não fez greve de fome contra a transposição das águas do Rio São Francisco. O seu protesto era para que antes o rio fosse revitalizado. Não haveria, como não há, nenhuma vantagens ter o canal se não existir água. 

Mas, a obra era eleitoreira, um meio de desviar recursos  públicos para políticos sebosos se manterem no puder.

Não deu certo, estão saindo expulsos e desmoralizados porque no balança ativo/passivo fizeram mais mal ao povo do que o bem. E, o pior, se o Brasil fosse um pais sério estavam saindo direto para a cadeia.

7 comentários:

  1. O dolo grita nos autos. Se a presidente da República não tiver responsabilidade sobre decretos e medidas provisórias, porque foi elaborado pela sua equipe, ela não vai ter responsabilidade sobre nada. Essa é uma tese da irresponsabilidade do governante.

    JÚLIO MARCELO DE OLIVEIRA, PROCURADOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO.

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  2. Caro Antônio Morais:
    Lúcido e corajoso este seu comentário. Na verdade, ninguém pode ser improvisado para assumir uma responsabilidade. O médico se prepara durante seis anos de faculdade e três anos de residência para iniciar sua missão. Para o sacerdote é o mesmo tempo de estudos. E por aí vai...
    Agora imagine que nas repúblicas, demagogos e despreparados (que nunc a administraram uma carrocinha de vender pipoca) chegam ao cargo mais elevado da nação: a presidência. É por isso que estamos nesta triste e calamitosa no Brasil. Já nas monarquias o rei se prepara desde a infância para ser monarca. Seu pai, avô, bisavô também foram monarcas. O rei tem uma tradição de bem administrar...

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  3. ––– 2 –––
    Aliás, alinho abaixo outras vantagens da forma de governo monárquica:
    a) O Rei une todos os cidadãos num ideal comum de Pátria. O rei não discrimina ninguém. Na república o presidente é pai para os de seu partido e padrasto para quem não o apoiou nas eleições. Temos no Brasil de hoje as provas desta verdade;
    b) Nas monarquias a classe política é séria e responsável para com os seus eleitores. O rei não precisa formar uma “base de governo” para poder administrar. O rei está acima das questiúnculas politicas. No Brasil Império nosso imperador sequer podia votar para não demonstrar simpatia por algum partido ou candidato;
    c) Numa monarquia os eleitores elegem vereador, prefeito, deputados estaduais e federais, senadores e governadores. Como o regime é parlamentarista o partido vencedor indica o primeiro ministro que pode cair a qualquer momento se não der conta do recado e nomeia-se outro para o lugar. Nas monarquias não existe o tal do “impeachment” que para a nação para colocar fora um presidente que não tem mais a confiança da população.

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  4. ––– 3 –––
    d) No mundo atual são os países monárquicos são os que têm melhor Índice de Desenvolvimento Humano, graças às políticas governativas, é certo, mas também graças aos incentivos dados pela monarquia e pelo respeito que o povo tem pelo rei que não rouba nem deixa roubar.
    e). Na Monarquia Democrática, todos podem decidir o seu futuro em liberdade. Não existe nenhuma Constituição Monárquica no mundo atual onde o rei não represente a , a garantia da continuidade do País, da salvaguarda da Democracia, dos quais o monarca é é o primeiro e mais respeitado servidor.
    f) E isso acontece porque o Rei não é refém da vontade político-partidária. Tendo um papel unificador, aceita a vontade da nação nas eleições e exerce as suas funções constitucionais como Chefe de Estado. Existem ministérios que não podem ser entregues aos partidos a exemplo das Forças Armadas, Ministério das Relações Exteriores, os quais na república brasileira, neste momento, servem ao partido que está no poder. A Monarquia, enfim, é, por excelência, o melhor serviço público prestado a uma Nação.
    Parabéns por sua oportuna reflexão...

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  5. Prezado Armando - O tema foi seu "Lider por improviso". Escrevi pouco, mas o amigo fez o complemento nos comentários. A monarquia se consolida como melhor sistema de governo.

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  6. Obs – quando Dom Flávio se opôs à demagogia de Lula pela transposição foi um profeta. Isso no início do primeiro (des)governo do PT, Dom Flávio Cappio sentiu que aquilo era uma obra feita para tirar dinheiro com o objetivo de sustentar Lula & cia no poder. Não deu outra. Doze anos já se passaram e a obra que era para ser feita em 4 anos se arrasta até hoje.

    Aliás, guardei uma interessante declaração de Dom Flávio feita tempos atrás. A conferir:

    ” Tenho uma profunda veneração por essas figuras, como o padre Ibiapina, que foi um grande educador do sertão, pois aplicou uma pedagogia incrivelmente avançada para o seu tempo. O mesmo posso dizer do padre Cícero Romão Batista, de Juazeiro, que foi um homem profundamente comprometido com o seu povo, mas muito mal compreendido pela própria Igreja, embora hoje reabilitado.
    Antônio Conselheiro também é uma pessoa a ser mais bem estudada, porque possuía um carisma incrível, um poder de arrebanhar o povo e de mostrar um norte. Enfim, são personalidades a quem respeito. Quando me comparam a essas figuras – digo com toda sinceridade –, sinto-me muito aquém. Quem sou eu, meu Deus, para ser comparado ao padre Ibiapina ou ao padre Cícero? Quem sou eu para ser comparado a Antônio Conselheiro?
    Não sou ninguém. Sou um simples e pequeno franciscano que procura levar a sério e coerentemente sua vocação. Estou muito longe de ser até a sombra dessas figuras históricas. O povo na sua generosidade e na sua grandeza de alma tem uma sede, uma fome de atualizar seus grandes heróis. É um processo de substituição, um desejo muito grande. Se fizermos uma análise mais aprofundada desse fenômeno de psicologia social, concluiremos que estamos vivendo uma época de carência de líderes populares. Então, o povo almeja, sonha, em vislumbrar no mundo de hoje alguém que tenha a grandeza de um Ibiapina, a liderança de um Conselheiro, o comprometimento de um padre Cícero”.

    Diferente de Lula, Dom Flávio Cappio não é um megalomaníaco empolgado pelo poder...

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  7. Prezado Armando - Os eleitos de Deus recebem a sabedoria para ter humildade e inteligencia na observação do que o futuro reserva. Os que se julgam superiores vêem somente o presente e não observam as resultantes e as causas que tantos males fazem a si mesmos.

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