Ser petista ficou dureza. Imagina o sujeito que passou a vida exaltando as elevadas qualidades morais e o discernimento com que o PT oposicionista apontava soluções para os problemas do país. Sonhava com o PT no poder. Nas tendas e barracas em que o PT vendia adesivos, distintivos, camisetas do Che e bandeirinhas de Cuba, o cara tinha conta em caderno. Pagava por mês e ainda contribuía para o caixinha do partido.
Era fã do Zé, do Genoíno, da Marta. Entrava em surto cívico até nos discursos do Suplicy. Tinha foto com o Lula na parede da sala, adesivo com estrela no carro e bandeirinha vermelha tremulante na janela. A vida era cheia de certezas. Numa delas, o PT salvaria o Brasil de si mesmo porque o partido tinha aquele caráter que parecia faltar ao eleitor brasileiro, esse vendilhão de votos em troca de favores. O PT seria o fim da estrada para a política do “é dando que se recebe”. E, sobre tudo, havia o Lula, o metalúrgico pobretão, apto a mudar o mundo com um megafone.
Lula dizia, o PT repetia e a vida confirmava: do outro lado da cena política atuava um bando de patifes. Contados um a um pelo próprio líder maior, eram mais de 300. Entre eles, o Collor, o Renan, o Maluf, o Sarney, o Barbalho... Santo Deus! Que bênção seria livrar o Brasil do poder dessa gente. E isso só o PT poderia fazer porque só o PT tinha a força moral necessária.
Passaram-se 13 anos. Dezenas de lulopetistas foram condenados, presos e estão sendo processados. Bilhões de reais escoaram para bem enxaguadas contas.
Escabrosas histórias envolvendo o partido, seus agentes e parceiros são contadas mundo afora. Sob o governo petista, o país enfrentou um pacote de crises endógenas, todas de produção própria, caseira. Na contramão de uma conjuntura internacional favorável (a economia mundial crescerá 3%), o Brasil, apesar de ter mudado de governo, ainda sofre com a inflação, recessão, desemprego, descrédito e o PIB despencando ladeira abaixo... Nos últimos dias do finado governo Dilma só 7,7% da população brasileira apoiava seu governo. É por isso que o movimento “Fora Temer” vai fracassar.
Mas ainda restam os petistas fanáticos. Aqueles que acreditam que os governos de Lula e Dilma tiraram “30, 40 milhões da pobreza”(SIC). Essa falsa euforia não convence quase ninguém. Mas faz lembrar o Tavares, o canalha rodriguiano, criado por Chico Anysio: “Sou, mas quem não é?”.
Prezado Armando - Depois do próximo Domingo o Brasil conhecerá o tamanho do PT. Certamente o Pajé saberá também a insignificância da palavra Lula.
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