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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 4 de setembro de 2016

Estamos na Semana da Pátria – por Paulo Eduardo Mendes (*)

Quadro de Pedro Américo
Alguém está lembrado? Aproxima-se o dia 7 de setembro. Vibra no ar a atmosfera de civismo. Somos todos patriotas! A Pátria é nossa. Será? Temos noção de que um dia foi proclamado "O Grito do Ipiranga?" De sã consciência lembramos que "da cabeceira à sua foz, o Ipiranga desliza muitas milhas, entre alas de bambu, sob arcadas de baunilha e coroas de orquídeas e cipós. E as suas águas cantam, sempre a rolar". Estamos distantes de tudo. Sobra muita confusão em defesa da Pátria. Despertamos "e o ribeiro todo é uma longa serpentina, descobrindo-se em direção ao mar".

Não, mil vezes não! A política vem minando a beleza de ser patriota e "o Ipiranga cisma, agora, embalado, por uma suave saudade do passado...". Respiramos profundamente ao lembrar que "em um dia muito azul, muito cheio de sol, acampou numa das suas margens, uma cavalaria de escolta. A poesia e a pátria têm certa harmonia. Sons de "mil pássaros trinando, alegremente, rasgavam o espaço, doidamente, em alados bailados de longe, entre nuvens de pó, alguém se aproximava, a galopar... E um mensageiro chegou, trazendo a todos notícias insolentes de além-mar".

Relembramos que "houve ansiedade na tropa, mas, impávido, príncipe comandou, com veemência... E erguendo as lanças para o céu, num instante, a cavalaria formou, em continência..." E o regato ouviu, então, um grande grito...Tão grande e forte, que, num momento, levado pelos clarins eólios do vento, repercutiu no Brasil, de Sul a Norte, e ainda hoje vibra, inteiro, no coração de cada brasileiro: independência ou Morte!" Crônica inspirada nos versos de José Maria Mendes, o poeta.
(*)Jornalista.
 A Bandeira do Brasil Imperial, criada por Dom Pedro I. O verde representa a cor da Casa de Bragança (do nosso primeiro Imperador)  e o amarelo é a cor da Casa dos Habsburgos, de onde procedia a Imperatriz Dona Leopoldina.

Um comentário:

  1. O general Silvio Frota não fez continência para o Aureliano e recebeu ordem de prisão no ato. É disso que precisamos. No 7 de Setembro que o Temer meta na cadeia todo aquele que lhe faltar com o devido respeito. Não está satisfeito? Vá para Cuba, Venezuela, Bolívia e outras tranqueiras que existem por aí.

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