Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 1 de outubro de 2016

Foi golpe? Temer é um presidente ilegítimo? – por Mário Helvio Miotto (*)

 Nas eleições de 2014 farta propaganda mostrava Dilma e Temer...quem votou nela,votou nele...
Com o artigo cheio de ironias (“Comunicar-se-ão?” Estadão de 29/9/2016), Eugênio Bucci faz críticas diversas ao governo Temer, atual presidente da república, eleito com os mesmos votos que Dilma Rousseff. (Lembra-se que na urna eletrônica, quando você vota aparece a foto do vice-presidente?) Aliás, calcula-se que cerca de 40 milhões desses foram provenientes do seu partido, o PMDB. Ah raça!

É sabido que a comunicação no governo Temer precisa melhorar. Mas uma afirmação de Eugênio Bucci merece reparo. Diz ele: “No Brasil de hoje, muitos alimentam a crendice de que os marqueteiros resolvem qualquer crise”.
 Não é no Brasil de hoje, mas no Brasil de “ontem”, dos governos Lula e Dilma, quando os marqueteiros, por exemplo, João Santana, tinham assento nas reuniões ministeriais. É incrível, mas isso é verdade!
Aliás, a última eleição de Dilma foi obra deste mesmo João Santana. Quanto ao valor do voto, negado a Temer, vejamos um  “único exemplo de mandato legítimo”, o do atual prefeito de São Paulo: Fernando Haddad, eleito por quase 3.400.000 de votos, que está concluindo um mandato lamentável, para ser esquecido.

Já outro prefeito de São Paulo, com mandato “ilegítimo” (segundo o lulopetismo) , pois foi nomeado no ciclo dos militares (ah! Republicazinha  para registrar “golpes”), e não eleito, realizou excelente administração, tendo sido reconhecido, com a atribuição de seu nome a importante avenida no Vale do Anhangabaú. Trata-se de Francisco Prestes Maia, e a avenida se chama Prestes Maia. Ainda hoje o povo se lembra com saudade desse prefeito “ilegítimo”... FORA PT!

(*) Mario Helvio Miotto
e-mail:  mariohmiotto@gmail.com

Um comentário:

  1. Em certos momentos, o desalento pode ser justificável. O que ninguém aguenta mais é a esperança sem causa. O eleitorado ensinou a Lula que urna é lugar para depositar consciência. No Brasil, a eleição é loteria sem prêmio, é a ilusão de que é possível começar tudo de novo, do zero, para ver se finalmente dá certo. O voto vem se revelando um equívoco renovado a cada quatro anos. O eleitor pelo menos decidiu cometer erros novos.

    ResponderExcluir