Como a República foi implantada por um golpe militar
O marechal Deodoro da Fonseca, no Campo de Santana, no Rio, reúne 600 militares e uns poucos civis para destituir a Monarquia brasileira, sem derramar uma gota de sangue. Em cerimônia improvisada na Câmara Municipal carioca, a República é proclamada. Chegado o momento das comemorações, constata-se que não há símbolos para celebrar a mudança de regime. Canta-se "A Marselhesa", hino da França, e é hasteada uma bandeira com desenho semelhante à americana nas cores verde e amarelo. É urgente, percebem os republicanos, substituir os símbolos do regime.
Como narram os jornais da época, o povo brasileiro mal entendia o que se passava. Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto, Benjamin Constant, Quintino Bocaiúva, Silva Jardim, protagonistas do movimento republicano que Brasil, eram pouco conhecidos dos brasileiros. "Ninguém parecia muito entusiasmado", anotou o correspondente do New York Times. "O povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que aquilo significava", escreveu Aristides Lobo no Diário Popular.
Na tentativa de conquistar o apoio da população até então alheia a troca de regime, os republicanos esforçaram-se nos meses seguintes para criar e difundir marcas da República – e apagar vestígios do Império de Dom Pedro II. Cidades se encheram de estátuas e outros monumentos à República. Ruas, praças e repartições com referências à monarquia mudaram de nome. Mas as grandes apostas de exaltação da República seriam: uma nova bandeira, um novo hino e um novo herói – ou quase isso.
A bandalheira politica passou a dar cadeia e suas excelências os parlamentares precisam do foro para se protegerem.
ResponderExcluir