Zé Belo morava no sítio Charneca em Várzea-Alegre. Os filhos chegaram em férias de São Bernardo. Dinheiro como diabo, resolveram fazer uma comemoração. Mataram galinha, bode, um capado cevado e a noite contrataram o sanfoneiro Bié para animar o rela bucho.
Dois potes com aluar e duas ancoretas de pinga nos cantos da sala. E, tome sarapatel, fussura, buchada e pinga até não caber mais na barriga.
Na madrugada Imaculada, a filha caçula começou a gritar de dores. Gemia, chorava e cagava sem sentir.
Pegaram uma rede botaram num pau de porteira, jogaram a moça dentro e partiram para cidade a procura do médico.
No quebrar da barra, de passagem pela "Bodega" de Raimundo Sabino ele perguntou :
Quem morreu?
É minha filha que está doente.
E o que foi?
Foi comida!
"Pegaro o caba"?
Considerando que a nossa língua é complexa, tenho que me posicionar em defesa do "budegueiro" Raimundo Sabino. Estamos diante de uma questão de semântica descritiva, que se enquadra no campo da homonímia.
ResponderExcluirÉ...
ResponderExcluirA pergunta foi procedente, o problema foi a resposta do pai e a situação da conduzida que pela visão do fato gerou falsa interpretação. Também fico do lado do bodegueiro.
" Antão de vovô", como nós o chamávamos, (Antão Alves de Morias), morava no sítio Muquém e um certo dia foi levado para o hospital com fortes dores, devido a comida que lhe fez mal.
ResponderExcluirAo ser consultado, o médico Dr. Pedro Sátiro, primo segundo do paciente fez a seguinte pergunta: Antão, o que foi que você comeu no almoço?
Doutor, eu comi feijão com pão com preá sapecado, respondeu.
Ai o experiente médico respondeu:
Vixe, rapaz, pois faltou um grau...
Assustado, meu tio perguntou:
Pra eu morrer doutor?
Não, pra você ter comido merda...
Prezado Giovane - Estando eu no Sanharol fui a AABB tomar uma cerveja. A arrendatária do bar me serviu uma cerveja muito gelada. Procurei saber o que tinha para tira gosto. Ela respondeu encabulada : Preá frito. Comi que lambi os beiços. Nunca vi petisco tão gostoso e não me fez mal algum. A historia do Antão é das boas.
ResponderExcluirEu adorava preá frito na banha de porco, era muito bom e era a nossa salvação, pena que até isto está em extinção.
ResponderExcluirAqui em Sanharó tenho um amigo que gosta de comer mocó. Certo dia fui a sua casa e ele me ofereceu a iguaria, mas não tive coragem de encarar.
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