Crônica para Dr. Luciano e o neto Benjamin.
"Netos são como heranças. Você ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso. De repente, lhe caem do céu. O neto é, realmente, o sangue do seu sangue, filho do filho, mesmo. " Os netos são filhos com açuçar".
Cinquenta anos, cinquenta e cinco. Você sente, obscuramente, que o tempo passou mais depressa do que esperava. Não lhe encomoda envelhecer, é claro, a velhice tem suas alegrias, as suas compensações.
Todos dizem isso, pessoalmente, ainda não as tenha descoberto, mas acredita. Todavia, obscuramente, sente que, as vezes, lhe dá aquela nostalgia da mocidade. Do tumulto da presença infantil ao seu redor. Meu Deus, para onde foram as suas crianças?
Naqueles adultos cheios de problemas que hoje são os filhos, que tem sogro e sogra, cônjuge, emprego, apartamento e prestações, você não encontra de modo algum as suas criancinhas.
Sem dores, sem choros. Aquela criancinha da qual você morria de saudades, chega. Símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um filho seu que lhe é devolvido. E o que é espantoso é que, todos lhe reconhecem o seu direito de o amar com extravagancia.
Ao contrario causaria espanto, decepção, se você não acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado, no seu coração. Sim tenho certeza de que a vida nos dá netos para nos compensar de todas as perdas trazidas pela velhice.
São amores novos, profundos e felizes, que vem ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis. É quando vai embalar o menino e ele, tonto de sono, abre o olho e diz: Vó, que seu coração estala de felicidade, como pão no forno".
Rachel de Queiroz.
Ascendècia do Benjamin.
ResponderExcluirDr. Bernardo.
Dr. Luciano.
Dona Violeta Brito.
Eufrásia de Morais Brito.
Gabriel de Morais Rego.
José Raimundo Duarte.
Raimundo Duarte Bezerra.
Francisco Duarte Pinheiro.
Bernardo Duarte Pinheiro.
O alferes portugues Bernardo Duarte Pinheiro chegou em Várzea-Alegre em 1.735. Cuidar de uma Sesmaria. Na primeira visita encontrando-se diante de uma mata de árvores frondosas, o cantar de diversas especies de pássaros silvestres, sua esposa falou esta significativa frase : Que Várzea-Alegre! Daí a fazenda, o povoado e por fim a cidade assim se chamar. Várzea-Alegre.