Eu e o Silva Antero eramos amigos. Certa feita, na década de 70 do século passado, um cliente do banco, um americano diretor do Seminário Batista, me perguntou se eu conhecia algum açude onde ele pudesse fazer uma pescaria, um dia de laser com a família.
Respondi que conhecia, que ele aguardasse que eu ia falar com o proprietário e depois passava o endereço e localidade do açude.
Encontrei-me com Silva Antero na esquina do Banco de Pedro Felício no centro do Crato. Perguntei se era possível, um meu amigo botar umas redes e galões no açude em sua Fazenda no Quincuncá. Ele me respondeu positivamente com aquele riso que antecedia uma prosa.
Disse-me, tnho e está a sua disposição. Não é mais como já foi, mas ainda se pesca bons peixes. Diga para o pescador que leve umas enxadas pois na ultima pescaria pegaram umas curimatã tão grande que para descamar foi necessário dois cabras com duas enxadas.
Deu aquela gargalhada tradicional, me deu um abraço e se despediu. Nunca deu certo do meu amigo ir a pescaria, mas, Silva Antero sempre que me encontrava cobrava visita.
A primeira vez que vi Silva Antero foi no inicio da década de 60 do século passado. Lá com os meus 10 anos. Ele foi a Várzea-Alegre no seu Jeep buscar o Dr. Pedro Sátiro para fazer o parto da mulher de um morador. Foi buscar e foi deixar o médico. Dr. Pedro conta em seu livro que quando entrou no quarto examinou a mulher, viu que estava tudo normal, perguntou se tinha pinga, bebeu uma lapada, a mulher perguntou se podia beber também, foi autorizada, e quando o marido entrou no quarto muito nervoso, já se considerando viúvo a mulher disse : Chico vai pra lá, tu é muito mole, quero ver é o Dr. Pedro que já bebeu foi uma lapada de pinga e eu outra. O menino nasceu em paz.
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