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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 18 de outubro de 2024

022 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Várzea-Alegre antiga. No alto ao lado da caixa d'água o oponente prédio da prefeitura transformado  em cadeia pública após  edificação  da sede  atual.

TIBÚRCIO PRETO, O ROMÂNTICO.

A grande maioria dos varzealegrenses com mais de 50 anos conheceu ou ouviu falar em Tibúrcio Preto. Homem simples, correto, trabalhador, um exemplo de amante e romântico apaixonado. Era perdidamente louco pela mulher a ponto de sair cantarolando pelas ruas as canções dos tempo de namoro. 
Certo dia Tibúrcio tomou umas a mais e, na volta para casa, em frente a Delegacia de Policia foi admoestado por um soldado. "Deixe de alarido homem, acabe com essa latomia". Eu não estou gritando, eu estou cantando as musicas minhas e da minha "muier". Pois vá pra casa, deixe de zoada. 

Tibúrcio encarou o policial dizendo: eu queria ver  essa moral toda sua era com quem anda armado pra cima e pra baixo nas ruas da cidade. 
Quando Sousão, o delegado chegou para o expediente, o policial passou as informações aumentando uma légua.  
Sousão mandou buscar Tibúrcio Preto. A bronca da mulher foi a maior com a desobediência civil do marido.
Dentre as coisas que o delegado não aceitava era a historia da desmoralização revelada de que em Várzea-Alegre andava-se armado até os dentes. 

Perguntou Sousão, - Tibúrcio, você falou que andam armados por aqui? 
Falei Nhor sim. 
Como você soube e quem são os indivíduos?  
Eu vejo, Mario de Raimundo Otoni, Zé de Dirceu, Luiz de  Josué, Luiz Proto, seu Mundoca..... 
Esses  podem! Disse Sousão! 
Mas, eu não sabia, o senhor está me dizendo agora.
Liberado Tibúrcio saiu correndo pra casa, caiu nos braços da mulher.



2 comentários:

  1. Histórias e estórias jogadas na vala profunda do esquecimento. E, assim a memória da cidade e do seu povo se perde.

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  2. Tiburcio Preto só errou numa coisa. Não eram só esses que andavam armados. Tinha mais gente.

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