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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 21 de outubro de 2024

043 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


BOLA FRIA.

Na década de 70 do século passado foi realizado uma peleja futebolística entre os dois sítios periféricos da cidade de Várzea-Alegre. De um lado o sítio Coité e do outro o sítio Varas. Era uma partida melhor de três quem vencesse a primeira jogaria a segunda pelo um empate. 

A Rede Globo já estava pronta para transmitir aquela importante partida de futebol. Os patrocinadores daquele jogo estavam ansiosos pela recompensa econômica que iriam obter. A banda cabaçal tocou o Hino Nacional.

Cadê o arbitro? De livre e espontânea vontade se apresentou um corajoso apitador, em virtude da tensão que vivia naquele momento. Os craques da bola já estavam super aquecidos tanto pelos  exercícios preliminares como pelo o sol escaldante de 40 graus em plena 10 horas do dia. Foi o cidadão, Cícero Mocho, que colocou a bola ao centro para dar inicio a partida tão esperada. 

Um jogador de nome, "Zé de Toinho", pertencente ao time das Varas, cujos os pés e as unhas mais duros do que casco de tartaruga, foi o primeiro a receber a bola ao ser batido o centro. Aplicou um bicudo na redonda que foi de encontro ao rosto do árbitro, que foi  nocauteado.

Confusão, corre-corre, busca água pro o acidentado, bofetadas nas costas pra ver se dava sinal de vida, alguns segundos o juiz estava sentado no chão cuja a mão direita tinha um espelho redondo daqueles que se compra na feira, olhando a intensidade da lesão em seu rosto. Os jogadores nessas alturas já se indagavam se aquilo teria sido uma falta. 

De prontidão, "Dunga de Maurício" gritou que o jogador não tinha culpa e que o jogo teria de ser reiniciado com o juiz dando "Bola Fria" pra dois jogadores disputarem a posse de bola, aí veio a contestação do árbitro: Que bola fria que nada, vejam a mancha vermelha em meu rosto queimando que nem o cão, essa bola veio quente que nem uma brasa e eu vou expulsar o jogador "Zé de Toinho"  pra ele treinar mais arremate em direção ao gol. 

A confusão foi generalizada. Só se sabe que ainda hoje o súmula do jogo se encontra na FIFA para ser julgada e ter início outra partida, o jogo de volta.



Um comentário:

  1. Tenho dezenas de testemunhos que esse jogo aconteceu e o fato foi verdade. Conheço a grande maioria dos atletas citados na peleja. Se você desconfia da veracidade converse com o Dr. Rolim. Foi dele a fonte.

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