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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 25 de março de 2017

A redescoberta da Imperatriz Leopoldina – por Armando Lopes Rafael

Nestes tempos de mediocridade e generalizado desconhecimento (por parte da população) dos grandes personagens que construíram o Brasil, o novo livro de Paulo Rezzutti redescobre o grande legado da Imperatriz Leopoldina na história da nossa Pátria.

A edição da revista “Veja”, de 22.03.2017, dedicou quatro páginas (92-95) ao livro que será lançado na próxima semana. Abaixo parágrafos da matéria de “Veja”:

“À medida que documentos inéditos sobre a Imperatriz Leopoldina são tirados do baú do passado, onde repousaram por 200 anos sem despertar maior interesse, e outros já conhecidos são analisados em profundidade, vem à luz uma jovem alegre, uma noiva apaixonada e uma imperatriz bem preparada e perspicaz, que desempenhou papel relevante em momentos definidores da formação do Brasil. Culta, esclarecida e decidida, Leopoldina dedicou-se com fervor ao movimento pela separação de Portugal depois que a corte de dom João VI retornou à Europa, o herdeiro Pedro permaneceu como seu representante e o Brasil se viu na iminência de voltar a ser mera colônia”.

“Ela se apaixonou pela causa e abandonou o sonho de retornar à Áustria. “Costumo dizer que o ‘fico de Leopoldina é bem anterior ao de dom Pedro”, diz o pesquisador Paulo Rezzutti, autor de novo livro, recém-lançado, D. Leopoldina: a História Não Contada, a ser lançado na semana que vem”.

“Além da preocupação sincera com o futuro dos brasileiros ela era querida e admirada pela população, a mulher de dom Pedro tinha motivos muito práticos para apoiar a independência. Independentemente das razões que a moviam, a relevância política de Leopoldina é incontestável. Em pelo menos três ocasiões em que viajou, dom Pedro a instalou como sua representante no Rio. Ela presidia o Conselho de Estado, órgão que assessorava o príncipe, na sessão de 1822 em que os conselheiros se puseram a favor da separação do Brasil de Portugal e da contratação de mercenários para a luta contra as tropas portuguesas. O passo seguinte foi o grito às margens do Ipiranga”.

“A biografia retrata com pinceladas até então desconhecidas a jovem arquiduquesa da rica e poderosa casa austríaca de Habsburgo que se casou por procuração com dom Pedro (no segundo centenário de sua chegada ao Brasil, ela é personagem na novela das 6, Mundo Novo, que estreou no dia 22, vivida por Letícia Colin). Até agora, pouco se sabia a respeito da longa viagem que a princesa realizou em 1817, saindo de Viena, passando pela Itália e pela Ilha da Madeira e cruzando o Atlântico rumo ao novo continente”.

Abro um parêntesis para dizer, ao final, que não vejo novelas da televisão, principalmente as novelas que exploram temas da história, pois esses folhetins sempre deturpam a realidade da época passada, tentando adaptar a realidade pretérita aos tristes dias que hoje vivemos no Brasil, pós era lulopetista. Por isso não espero nada de bom dessa novela “Mundo Novo”. a Globo apenas desembarcou no interesse pela redescoberta da importância da Imperatriz Leopoldina. As novelas da Globo – repito, folhetins de ficção – sempre fazem muito mal à decadente sociedade da republiqueta brasileira...

Um comentário:

  1. Presado Armando - Como os domesticados do novo mundo não conhecem nada do velho mundo, especialmente caráter, decência, honradez e bons costumes, A Globo, certamente vai mostrar do seu jeito sempre baseado na mentira e deturpação dos fatos. Essa é a minha preocupação. Não vejo novela, acompanho neste caso no google as informações dos capítulos, e, já no segundo capitulo é introduzido uma ação que julgo impossíveis de acontecer. Uma princesa devia ser cercada de tantos cuidados que dificilmente a cena divulgada viesse existir. Mas, a Rede Globo se acho com a direito de denegrir a imagem da mais recatada menina escolhida para se casar com um imperador.

    Vou acompanhar e contraditar. Embora valor nenhum tenha minha contestação.

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