O editorial da Folha de S. Paulo sobre o leilão dos aeroportos é perfeito.
“O perfil das empresas vencedoras indica nova etapa no setor. São todas operadoras reconhecidas (a francesa Vinci, a alemã Fraport e a suíça Zürich), que entraram sozinhas na empreitada.
A ausência da estatal Infraero e de empreiteiras marca mudança fundamental em relação aos leilões realizados na gestão de Dilma Rousseff (PT). Desmobiliza-se o modelo que associava políticos, grandes construtoras, bancos federais e fundos de pensão em torno dos grandes projetos.
A demonstração de que o país pode atrair investimentos em moldes de mercado e sem financiamento oficial é a notícia mais importante a ser comemorada (…).
Permanecem as dificuldades de sempre —má qualidade dos projetos, imprevisibilidade no licenciamento ambiental, confusão de jurisdição dos vários órgãos de controle, riscos de judicialização.
São vícios resultantes de anos de intervenção caótica do Estado, seja por descrença nos mecanismos de mercado, seja por associação indevida entre políticas públicas e negócios privados.
Nesse sentido, parece promissora a entrada de participantes não comprometidos com as deletérias práticas anteriores”.
Percebe-se a diferença do governo do Pajé de nove dedos. França, Alemanha e Suíça ao invés de Venezuela, Bolívia e Cuba.
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