Por meio de vários gestos e ações, membros da Família Imperial Brasileira
contribuíram para a propagação da devoção a Nossa Senhora da Conceição
Aparecida, neste país continental. O ramo brasileiro da dinastia dos
Bragança era considerado, a seu tempo, o mais católico, entre as diversas famílias reais existentes no mundo, reinantes no século XIX.
Aliás, mesmo antes de o Brasil conseguir a sua independência de
Portugal, alguns membros da família Bragança já eram afeiçoados a Nossa
Senhora Aparecida. Dois deles se destacaram, de maneira especial, na
propagação dessa devoção. Legaram para os registros históricos
testemunhos da fé e confiança que depositavam na Mãe Aparecida. Foram
eles: Dom Pedro I e a Princesa Isabel.
O devoto Dom Pedro I
O Pe. Gilberto Paiva, no seu livro “Aparecida 300 anos” (citando José
Luiz Pasin, no artigo “A viagem histórica do Príncipe regente Dom Pedro
pelo Vale do Paraíba, em agosto de 1822”– in Revista do Instituto
Histórico e Geográfico de São Paulo, Vol. LXX, 1973, p.581) escreveu:
“Na
viagem que empreendeu para o Rio de Janeiro, por ocasião da
Independência do Brasil, Dom Pedro e comitiva eram esperados em
Guaratinguetá no dia 17 de agosto. No dia 20 de agosto de 1822, a
comitiva real seguiu viagem para a Vila de Nossa Senhora do Bom Sucesso
de Pindamonhangaba, acompanhada por algumas autoridades do lugar.
Segundo a tradição, ao passar pela Capela de Nossa Senhora Aparecida, o
príncipe entrou no recinto e, ajoelhando-se, orou, pedindo à santa
proteção para o Brasil e sucesso na jornada que se propunha”.
Princesa Isabel, outra grande devota de Nossa Senhora Aparecida
A mídia divulgou, à exaustão, durante as recentes comemorações alusivas
aos 300 anos do achado da imagem de Nossa Senhora da Conceição
Aparecida, que foram doados a imagem da Santíssima Virgem, pela Princesa
Isabel, tanto a coroa de ouro, como o primeiro manto de veludo cor de
anil, este ricamente adornado, bordado em ouro, incrustado com
pedrarias, usado na milagrosa escultura de terracota. Com efeito, em
1884, arcando com todas as despesas do material e da confecção, ambos os
ornamentos – símbolos da realeza – representavam uma forma de
agradecimento por uma graça alcançada pela a Princesa Isabel, através de
Nossa Senhora Aparecida.
Ressalte-se que a coroa, com 14 centímetros de altura por 11 de
largura, foi confeccionada por um famoso ourives do Rio de Janeiro, a
pedido da Princesa Isabel. Impressiona a beleza dessa coroa! Com 300
gramas de ouro 24 quilates, ela é cravejada com 40 diamantes. A sagrada
imagem de Nossa Senhora Aparecida foi coroada com essa valiosíssima
joia, numa cerimônia pública celebrada em 08 de setembro de 1904, na
cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil.
Uma das virtuosas qualidades da monarquia é ser temente a Deus. Na republica encontramos muitos idiotas se achando Deuses ou se colocando acima Dele.
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