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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Família Imperial Brasileira, devota de Nossa Senhora Aparecida (por Armando Lopes Rafael)


     Por meio de vários gestos e ações, membros da Família Imperial Brasileira contribuíram para a propagação da devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, neste país continental. O ramo brasileiro da dinastia dos Bragança era considerado, a seu tempo, o mais católico, entre as diversas famílias reais existentes no mundo, reinantes no século XIX. 

     Aliás, mesmo antes de o Brasil conseguir a sua independência de Portugal, alguns membros da família Bragança já eram afeiçoados a Nossa Senhora Aparecida.  Dois deles se destacaram, de maneira especial, na propagação dessa devoção. Legaram para os registros históricos testemunhos da fé e confiança que depositavam na Mãe Aparecida. Foram eles: Dom Pedro I e a Princesa Isabel.

O devoto Dom Pedro I
      O Pe. Gilberto Paiva, no seu livro “Aparecida 300 anos” (citando José Luiz Pasin, no artigo “A viagem histórica do Príncipe regente Dom Pedro pelo Vale do Paraíba, em agosto de 1822”– in Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, Vol. LXX, 1973, p.581) escreveu:

 “Na viagem que empreendeu para o Rio de Janeiro, por ocasião da Independência do Brasil, Dom Pedro e comitiva eram esperados em Guaratinguetá no dia 17 de agosto. No dia 20 de agosto de 1822, a comitiva real seguiu viagem para a Vila de Nossa Senhora do Bom Sucesso de Pindamonhangaba, acompanhada por algumas autoridades do lugar. Segundo a tradição, ao passar pela Capela de Nossa Senhora Aparecida, o príncipe entrou no recinto e, ajoelhando-se, orou, pedindo à santa proteção para o Brasil e sucesso na jornada que se propunha”.

Princesa Isabel, outra grande devota de Nossa Senhora Aparecida
   A mídia divulgou, à exaustão, durante as recentes comemorações alusivas aos 300 anos do achado da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, que foram doados a imagem da Santíssima Virgem, pela Princesa Isabel, tanto a coroa de ouro, como o primeiro manto de veludo cor de anil, este ricamente adornado, bordado em ouro, incrustado com pedrarias, usado na milagrosa escultura de terracota. Com efeito, em 1884, arcando com todas as despesas do material e da confecção, ambos os ornamentos – símbolos da realeza – representavam uma forma de agradecimento por uma graça alcançada pela a Princesa Isabel, através de Nossa Senhora Aparecida.

      Ressalte-se que a coroa, com 14 centímetros de altura por 11 de largura, foi confeccionada por um famoso ourives do Rio de Janeiro, a pedido da Princesa Isabel. Impressiona a beleza dessa coroa! Com 300 gramas de ouro 24 quilates, ela é cravejada com 40 diamantes. A sagrada imagem de Nossa Senhora Aparecida foi coroada com essa valiosíssima joia, numa cerimônia pública celebrada em 08 de setembro de 1904, na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil.

(Texto de Armando Lopes Rafael)

Um comentário:

  1. Uma das virtuosas qualidades da monarquia é ser temente a Deus. Na republica encontramos muitos idiotas se achando Deuses ou se colocando acima Dele.

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