É o que pode-se depreender que há nas ações recentes envolvendo figuras importantes do PSDB.
Eles sabem que a cada minuto que permanecerem na base aliada, mesmo com a retórica de repulsa ideológica ao governo Michel Temer, reduz-se a chance do partido firmar um candidato que tenha chance de se eleger presidente em 2018.
Um grupo do tucano, chamados cabeças pretas - com ideais modernas e ditos livres das amarras do planalto - quer Tasso Jereissate à frente do PSDB.
Por sua vez, Aécio Neves, carregado de indícios no STF e amarrado às conveniências do poder central, está no jogo e quetendo uma sombra do governo por sua sobrevivência.
Ele sabe que o poder de Temer foi decisivo para evitar sua queda no Senado. A população também reconhece que, apesar da pouca aprovação do governo nas pesquisas de opinião, o respaldo governamental é e será decisivo para o amparo de alguém investigado por algum desmando. As mudanças na cúpula da Polícia Federal nesta semana demonstra bem esse fato.
No mais, observa-se que Aécio, o outrora talentoso e neto do ilustre Tancredo Neves, quer manter os tucanos amarrados a um governo com sinais concretos de naufrágio, dizendo ele que o propósito é a preservação de uma tal aliança, que o Tasso Jereissati e sua turma não concordam e querem se desamarrar do nó.
O PSDB usa o artificio que sempre usou o PMDB. Uma ponta apoio um lado, outra ponta defende o outro. No PMDB deu certo. Liquidou o PT e tomou o puder. Não adianta o chefe dos cabeças pretas apresentar-se contra e no plenário do senador defender com o seu próprio voto e chefe dos cabeças brancas. Na minha opinião o partido será o grande perdedor. Não vai escapar ninguém. Quem salvou o neto do Tancredo foi a presidente do STF Carmen Lucia que abriu mão da justiça julgar e passou para as casas legislativas abrindo um precedente vergonhoso para o criminoso julgar seus pares num espetacular compadrio.
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