Deputados argentinos passaram a madrugada tentando votar o projeto, que recebeu 128 votos a favor, 116 contra e duas abstenções.
Lá como cá: Manifestantes
recebem jatos de água disparados pela polícia durante protesto contra a
reforma da previdência em Buenos Aires, na Argentina, na segunda-feira
(18) (Foto: AP Photo/Victor R. Caivano)
O Parlamento argentino aprovou a controversa reforma da previdência na
manhã desta terça-feira (19) apesar dos violentos protestos no país
desde quinta-feira (14) e uma greve nos transportes, deflagrada à
meia-noite.
Os deputados argentinos passaram a madrugada tentando votar o projeto,
que recebeu 128 votos a favor, 116 contra e duas abstenções, após 17
horas de sessão, segundo o "Clarín". De acordo com a AFP, a reforma
impacta a receita de cerca de 17 milhões de aposentados, pobres e
deficientes, entre outros, em uma população de 42 milhões.
Nesta manhã, manifestantes contrários à reforma permaneciam nas ruas.
Na segunda-feira (18), enquanto os deputados tentavam aprovar o projeto,
houve um violento protesto.
A polícia disparou balas de borracha, gás lacrimogêneo e jatos de água e
em retribuição recebeu pedradas. Segundo o jornal "Clarín", o confronto
teve início por volta das 13h30 e durou mais de duas horas naquele
ponto. A Guarda Nacional foi acionada.
O protesto deixou ao menos 109 feridos, entre civis e policiais, de
acordo com um balanço divulgado pelo Sistema de Atenção Médica de
Emergências de Buenos Aires. O jornal "La Nación" traz um balanço maior:
162 feridos (entre eles, 88 policiais). O Ministério de Segurança da
Cidade informou que 60 pessoas foram detidas.
Como ficou na ArgentinaEntre as alterações aprovadas pela reforma, está a mudança na aposentadoria por idade. Atualmente, a legislação daquele país prevê a aposentadoria para as mulheres aos 60 anos e para os homens aos 65. Com a aprovação da reforma, as mulheres e os homens que trabalham no setor privado poderão se aposentar aos 70 anos, o que estará sujeito a um acordo com o empregador.
A reforma também prevê ajustes nos valores das aposentadorias. O texto aprovado pelo governo estabelece 80% do valor total da aposentadoria para aqueles que têm 30 anos de contribuição e propõe um ajuste no valor recebido pelos trabalhadores aposentados relacionado ao crescimento econômico, calculado a partir do índice inflacionário, responsável por 70% do cálculo, e da variação de salários, que representa 30% do cálculo.
O Brasil também vai aprovar, para o bem publico, contra a vontade dos demagogos e oportunistas. Temer não é candidato a cargo algum e isso lhe encorajará a não temer impopularidade imposta como desgaste.
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