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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 10 de março de 2024

História que não tem testemunhas, infelizmente - Por Antônio Morais.


Meados de 1967, mês de Setembro, o rádio anunciou o filme "Os Girassões da Rússia" no Cine Educadora, em Crato. Eu e mais quatro colegas do Ginásio São Raimundo, com 16 a 17 anos, não mais, alugamos a rural  de Valdir Freire, o popular Valdir de Dudu e partimos de Várzea-Alegre. Estrada carroçável e péssima. O zeloso proprietário do carro esmerava-se no cuidado. Saímos cedo para chegar a tempo.

Um filme para românticos, sobre um casal separado pela guerra, história bonita, um romance de fazer chorar os de alma pura. Estrelado por "Sophia Loren e Marcello Mastroianni". 

No outro dia estávamos de volta da nossa aventura. Lamentavelmente a história não tem testemunhas, o último a virar a curva da vida foi Valdir Freire, o condutor do veiculo.  Antônio Gomes de Morais, Raimundo Bitu, Almir Brito e  João Bosto Teixeira já a fizeram.

Resta a mim para contar a história. 

Cuidei de eternizar esse nosso momento na década de 80 do século passado enviando para cada um deles uma copia do filme, não sei o que delas foi feito. 

A minha, vez por outra vejo, e, por incrível que pareça, choro cada vez que repriso.

Um comentário:

  1. Turma de aventureiros : Antonio Gomes de Morais, Raimundo Bitu, Almir Brito, João Bosco Teixeira de Morais, o condutor Valdir Freire e esse que lhes narra.

    Todos já fizeram a curva da vida menos esse contador de histórias.

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