Numa semana santa animada na casa do Sanharol, ano de inverno bom, fartura de tudo, de feijão verde, queijo, quiabo, abobora, maxixo, milho verde, cangira, a turma toda de pança cheia resolveu jogar baralho, um tal de "Dourado" assemelhado a sueca que eu nunca aprendi jogar.
Na formação das parcerias Zelim foi decisivo : eu vou jogar com compadre Zé, porque compadre Zé é quem joga melhor. Assim ficou constituídas as duplas - José André e Zelim contra Joaquim André e Delfonso Piau.
E, tome peia, mas Zelim apanhava e não deixava de dizer - compadre Zé é quem joga melhor. A ruma de feijão já passava de litro, e, Zelim com a mesma potoca : Compadre Zé é quem joga melhor.
Eu perguntei : Zelim como é que José André é quem joga melhor e vocês já perderam tanto? Olha a ruma de coroços de feijão! Ele respondeu : É porque compadre Zé é o que rouba mais.
Depois acrescentou : Nós estamos perdendo porque o meu parceiro não é Antôe de Raimundo Menezes, "qui nem Antõe num tem" quem jogue igual.
Foram cinco historinha de uma criatura humilde, inocente, com deficiência mental, mas, que marcou nossa cidade do seu jeito. Aqui nesta página o cupim não come, a traça não estraga. Na história vai ser eternizada a amizade de Zelim com Antônio Ênio e a consideração do Ênio com ele.
O certo é que se não fiz o bem, mal nenhum também fiz.
Existem e conheço outras histórias do Zelim. Mas, estou parando por aqui. Se um dia algum colocar no google Zelim essas histórias aflorarão, agora estão espalhadas no mundo.
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