Em
palestra feita semana passada, para empresários cearenses, o economista
Paulo Guedes (assessor de economia do único candidato da direita à
Presidência da República, nas eleições deste ano), demonstrou que em
junho de 2019, a dívida pública chegará à cifra de R$ 4 trilhões. Ele
foi taxativo: “Ou se muda urgentemente o regime fiscal do Brasil, ou
nosso país será inviabilizado como nação”.
Paulo Guedes disse que a privatização das empresas públicas
deficitárias é uma medida para ontem. Chegou a nominar uma delas: “Por
que manter estatal os Correios, uma empresa que entrega com dois meses
de atraso uma carta postada do Sudeste para outras regiões brasileiras”?
O reconhecimento de que o Estado brasileiro não é capaz de gerir bem
suas empresas, fez voltar à tona, entre a população brasileira, o tema
das privatizações. Considere-se, ademais, que as grandes estatais
brasileiras foram saqueadas – durante os últimos governos federais –
financiando megas esquemas de corrupção, fatos amplamente divulgados
pela mídia. Essas estatais, além de fornecedoras de propinas para os
políticos corruptos, tornaram-se deficitárias e sem competitividade.
Já as empresas privadas são eficientes na gestão dos seus recursos e
são as geradoras dos novos empregos no Brasil. Basta lembrar o serviço
de telefonia – a Telebrás – que era um paquiderme estatal e
quando foi privatizada deu um salto de qualidade, graças a entrada de
investidores privados no mercado. Hoje a imensa esmagadora dos
brasileiros possuem telefones celulares. No passado era uma minoria que
tinha esse privilégio. Hoje, sem burocracia, em 10 minutos, quem quiser
adquire um novo telefone celular. No passado, os brasileiros entravam
numa fila e demorava até um ano para poder comprar o ansiado aparelho.
O mesmo aconteceu com as companhias de energia elétrica pertencentes
aos estados brasileiros. Algumas eram até deficitárias, mas voltaram a
dar lucros após a privatização. É o caso da Vale e da CSN. Hoje, ambas,
ao invés de sugarem recursos públicos, geram em impostos mais receita à
União do que quando estavam sob controle do atrasado Estado republicano
brasileiro. Isso é fruto da privatização.
O Paulo Guedes está certíssimo. Resta saber se em chegando lá terá a autoridade para fazer. O Bolsonaro critica o Alkimim pelo Centrão, mas esteve aceirando o PR do Waldemar o que de pior há na politica brasileira.
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