A estratégia eleitoral do PT entra nesta semana numa fase que poderia ser batizada de “me engana que eu gosto.” Enquanto sustenta no TSE o pedido de registro da candidatura-fantasma de Lula, o PT exibe Fernando Haddad em sua principal vitrine: a região Nordeste. Até o próximo sábado, Haddad desfilará sua desconhecida figura em pelo menos cinco Estados nordestinos: Bahia, Sergipe, Paraíba, Rio Grande do Norte e Maranhão.
Pesquisa do instituto MDA ajuda a entender por que o petismo adianta o relógio da campanha de Haddad, colocando o substituto na rua antes da impugnação do titular. Lula continua liderando a corrida presidencial, com 37,3% das intenções de voto. Mas esse eleitorado de Lula não cairá no colo de Haddad por gravidade.
Hoje, apenas 17,3% dos votos atribuídos a Lula seriam transferidos para Haddad. Marina herdaria 11,9%. Ciro levaria 9,6% desses votos. Para colocar Haddad no segundo turno, o PT precisa grudar no rosto dele uma máscara do Lula. Ou seja: para dar certo, Haddad precisa mostrar que não é um candidato, mas uma caricatura de Lula.
Os rivais do PT dirão que o país já conhece esse filme. Eles enfatizarão que o filme não tem final feliz.
Jair Bolsonaro (PSL) no debate da Band, o primeiro da corrida presidencial: seu ministro da Casa Civil já está escolhido. Em caso de vitória, será Ônix Lorenzoni, experiente deputado do DEM-RS a quem caberá a articulação política. Outro ministro que já confirmado, em eventual governo de Bolsonaro, é o economista Paulo Guedes (Fazenda).
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