Num intervalo de 24 horas, o passado mal-assombrado de tucanos e petistas invadiu as campanhas de Geraldo Alckmin e de Fernando Haddad. Contra o presidenciável do PSDB, o Ministério Público de São Paulo ajuizou nesta quarta-feira uma ação de improbidade escorada em delações da Odebrecht. Contra o estepe de Lula, os promotores protocolaram na véspera uma denúncia criminal amparada em deduragem de Ricardo Pessoa, dono da UTC.
Alckmin e Haddad representam interesses políticos diferentes. Mas tornam-se seres indistinguíveis quando analisados apenas a partir das reações às encrencas judiciais. Jogados dentro do tanque de lama, os dois deslocam suas massas na mistura viscosa e esperneiam da mesma maneira que outros encrencados. Atribuem o mau jeito à perseguição política ou a tentativas espúrias de interferir na disputa eleitoral.
Alckmin é acusado de receber R$ 9,9 milhões do departamento de propinas da Odebrecht para sua campanha de 2014. Haddad é acusado de morder R$ 2,6 milhões da UTC em 2013, para tapar um buraco de sua campanha para prefeito. Não há nenhuma sentença. Mas, em condições normais, os dados seriam levados em conta no julgamento dos eleitores. O problema é que a sujeira generalizou-se de tal maneira que o brasileiro parece estar moralmente sedado.
Não é privilegio de PSDB e PT. Todos os partidos se utilizam dos mesmos modelos. O PMDB é de muito tempo o mais sujo.
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