Foto - Residência do casal Ideltrudes Matias e Chagas Bezerra, em Crato, Presidente da Republica Jânio Quadros, Governador do Estado do Ceará Paulo Sarasate, Dr. Geraldo Lobo e o Deputado Filemon Teles presidente a Assembleia Legislativa do Ceará.
1958 - Eleições municipais no Crato. A residencia do Coronel Filemon Teles, respeitado chefe politico, estava apinhada de eleitores, principalmente aqueles residentes na zona rural do Município. Muito deles, depois de cumprido o "dever cívico" do voto, já regressavam às suas casas.
Na época era bastante comum o eleitor, numa artimanha politica, mormente os residentes nos sítios e povoados, votar uma, duas ou mais vezes, usando títulos de eleitores já falecidos e daqueles que não mais residiam na área do município. Verificada a semelhança fisionômica, pois o título trazia fotografia, conhecido cabo eleitoral da UDN entrega ao não menos popular Rodrigues Jamacaru, um dos títulos fantasmas,com a instrução para votar na seção eleitoral que funcionava, na época, no prédio da Estatística .
De posse do título, Jamacaru, pressuroso, tenta o voto duplo. Todavia, levou azar, pois na porta da seção estava o Diomedes Pinheiro, fiscal do PSD e amigo leal do Prof. Pedro Felício Cavalcante. Ao regressar ao comitê do partido, recebeu nova instrução: Volte e tente despistar o Diomedes - disse o cabo eleitoral.
Jamacaru, fiel escudeiro do Coronel Filemon, partiu para nova investida. Foi chegando e avisando: corra, seu Diomedes, que a sua esposa caiu no banheiro e quebrou as duas pernas. Como um raio saiu Diomedes Pinheiro, enquanto Rodrigues Jamacaru, tranquilamente, em dose dupla, cumpriu mais uma vez o dever cívico do voto.
Jamacaru, fiel escudeiro do Coronel Filemon, partiu para nova investida. Foi chegando e avisando: corra, seu Diomedes, que a sua esposa caiu no banheiro e quebrou as duas pernas. Como um raio saiu Diomedes Pinheiro, enquanto Rodrigues Jamacaru, tranquilamente, em dose dupla, cumpriu mais uma vez o dever cívico do voto.
Ao regressar e contar o episodio,foi observado, a certa distancia, sem ser notado pelo Coronel Filemon - nosso querido tio Filé que, ao final sentenciou:
Compadre Rodrigues, você não fez direito. Não agiu como devia. Era para quebrar uma perna nessa eleição e deixar a outra para a próxima.
Uma boa historia. Uma foto memorável.
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