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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

AS ESTRADAS E O DESENVOLVIMENTO DE VÁRZEA ALEGRE - Por Antonio Gonçalo de Sousa.



Os artigos do amigo Tibúrcio Bezerra são importantes e eu os admiro tanto, que ao inserir comentário no que ele postou recentemente, cheguei a conclusão que não tinha como abreviá-lo. Do muito que eu queria citar, falei só um pouco, mesmo assim, ficou a impressão de que o comentarista (eu) estaria a querer suplantar o cronista. O que não é o caso e seu que ele (cronista) entenderá o meu propósito.

É que o Tibúrcio em artigo, como de costume, muito bem humorado e até científico, citou os paradoxos entre a euforia e frustração do  saudoso Otacílio Correia, por não ter visto a  "Ponte do Riacho do Machado", que ele esperava surgir com as construções das CE 55 e BR 230, estradas que cruzaram Várzea Alegre  a partir da década de 1970.

Citei que talvez o saudoso político tivesse razão na sua frustração e entende-se a parte hilária do texto, ligada ao lado cômico do personagem, que era reconhecidamente muito brincalhão. Mas, reconheçamos, o período citado por Tibúrcio foi de uma pujança importante para  V. Alegre. 

À época, aportaram no município empresas de construção civil, além de técnicos e engenheiros, mecânicos etc, que compunham as equipes de trabalhos nas rodovias. Para a construção da BR 230 veio o Batalhão de Engenharia do Exército (3° BEC), que se instalou em terreno cedido por Dr. Pedro Sátiro, no lugar que hoje é bairro, conhecido como Alto do Tenente. 

Toda essa avalanche de gente aumentou a demanda por moradias e prédios para aluguel; e o comércio também se beneficiou com o aumento das vendas de produtos e generis de um modo geral. A própria cultura da cidade foi enriquecida, com o aporte de novos costumes e até mesmo a chegada de professores, muitos pertencentes à área militar.

Por fim, pode-se indagar. Será que o estágio atual em que se encontra a cidade de Várzea Alegre não tem a dever um pouco ao legado daquele período tão alvissareiro das décadas de 1970/80?

4 comentários:

  1. Texto de bela feitura e leitura prazerosa.

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  2. Só esclarecendo que as rodovias CE 55 e BR 230 são conhecidas como Estrada do Algodão e Transamazônica, respectivamente.

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  3. Amigo Antonio Gonçalo - A foto mostra as duas estradas contando a cidade.

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  4. Caro Morais, sua ilustração ficou genial. Fica a indagação é como você encontra fotos tão interessantes e sempre ligadas aos respectivos temas??

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