Na briga para comandar o Senado a partir de fevereiro, o tucano Tasso Jereissati (PSDB-CE) se equipa para medir forças com o favorito Renan Calheiros (MDB-AL). Começou a levar suas ideias à vitrine. Sem mencionar Jair Bolsonaro, ecoa o miolo da agenda de reformas do governo do capitão:
"Se há algo indiscutível, é a imprescindibilidade das reformas, sem as quais todo o país sofrerá consequências danosas", anotou Tasso em artigo veiculado nesta sexta-feira (4) no jornal cearense O Povo. O texto foi reproduzido no site do PSDB. "A urgente reforma da previdência, se ainda não é consensual no formato, avançou na conscientização da insustentabilidade dos atuais regimes."
Tasso prosseguiu: "Outras medidas importantes, como a reforma tributária e da segurança pública, devem também ter prioridade. Mais uma vez, o Senado deverá assumir seu papel na solução de conflitos, encontrando soluções tecnicamente viáveis e socialmente justas."
Tasso avalia que o brasileiro manifestou nas urnas "repúdio à velha política" e aos vícios que permeiam as relações entre os poderes: "corrupção, fisiologismo e toma-lá-dá-cá." Sustenta que os senadores que sobreviveram ao tufão precisam entender a "necessidade da mudança."
A chegada Bolsonaro ao Planalto e a alta taxa de renovação do Congresso revelam que Tasso tem razão. Entretanto, para seu desassossego, o rival Renan, colecionador de processos criminais, considera-se um sobrevivente. Reenviado ao Senado pelos alagoanos, quer presidir a Casa pela quinta vez.
Enquanto Tasso fala sobre o papel institucional do Senado —"Um guardião intransigente dos mais caros valores da nação"—, Renan faz uma campanha de síndico. Em privado, pergunta aos seus pares coisas assim: quando tiver problema no seu apartamento funcional ou no STF, quem acha que vai resolver, eu ou o Tasso?
Renan costuma dizer que terá mais votos do que Tasso no próprio PSDB. Um dos entusiastas de sua candidatura é o grão-tucano José Serra.
Calma. Esperemos para ver o fim do Grão-tucano José Serra. Onde vai se meter.
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