No ano passado, depois das eleições, Cid Gomes e Renan Calheiros, ambos eleitos, se encontraram no cafezinho do Senado e conversaram por alguns minutos.
“Foi conversa olho no olho. Ele começou dizendo que o Ciro [irmão de Cid] não gostava dele. Eu disse: ‘Olha, rapaz, não sei. O Ciro tem a opinião dele e eu tenho a minha. Mas não sou maniqueista. Não acho que você seja 100% mau, nem acho que exista alguém que seja 100% bom. As pessoas têm virtudes e defeitos’.”
Foi a deixa para Cid, que já pensava em formar um blocão para neutralizar o MDB, dizer o que realmente queria dizer:
“Daí disse para ele, francamente: ‘Acho que agora não é uma oportunidade boa para você ser presidente’.”
A conversa foi relatada pelo próprio Cid a O Antagonista.
“Ele tem virtudes na questão corporativa, entende? Escuto muitos dizendo assim: ‘Rapaz, Renan é amigo, é leal, é amigo dos amigos, defende os senadores, enfrenta o Ministério Público. Então, ele tem uma ampla maioria entre as pessoas que já têm convivência com ele”, comentou o senador eleito pelo PDT do Ceará, que, em seguida, fez ponderações.
“Mas ele divide as bancadas. E mais: para quem é novo [no Senado], o Renan encarna o protótipo do mal. Para quem está chegando agora, há uma pressão das pessoas que enxergam no Renan tudo o que é ruim na politica.”
O pedetista disse que seu grupo ainda não discutiu candidato à presidência do Senado
A vontade do povo em mudar foi para afastar o velho, o antigo do senado. Dificilmente o senador que se elegeu nestas eleições vai votar em alguém que foi um dos poucos que escapou da renovação ocorrida.
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