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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 2 de fevereiro de 2019

“SANTINHOS” POLÍTICOS - Por Wilton Bezerra comentarista.

Temos que dizer quem somos. Do contrário, quem não nos conhece e não gosta da gente, pode nos definir de uma maneira inteiramente equivocada.

Como sou o que digo, imaginei ser isso o suficiente para que os outros tivessem uma ideia do que somos e dos valores que defendemos.

Escrevo sobre futebol, política, música e o tempo. São parcos os conhecimentos, reconheço e juro de pés juntos.

Confesso sentir um mal estar quando abordo política, esta arte tão nobre tratada a pontapés.

Todos os problemas passam e são resolvidos, ou não, pela política.

Como disse Alcides Carneiro, antigo político e intelectual paraibano: “Lugar onde os homens me ensinaram os caminhos do inferno e o estilo do diabo”

À guisa (palavra bonita) de esclarecimentos para os que me esculacham quando abordo política (não se preocupem, a bronca é livre), eis algumas confissões, talvez, desnecessárias e desinteressantes.

Por não me dar tanta importância, fico em dúvidas se isso realmente é levado em conta pelas pessoas.
Quando menino, antes de descobrir e me apaixonar pelo futebol, os primeiros santos do meu altar foram os políticos.
É preciso esclarecer urgentemente: os “santinhos” dos políticos, fotos fartamente distribuídas durante os períodos eleitorais.
Através desse material de propaganda, todos me pareciam sem jaça, sem nódoas.
Me lembro dos “santinhos” estaduais de Paulo Sarasate, Parsifal Barroso, Virgílio Távora, Carlos Jereissati, Armando Falcão, Wilson Gonçalves, Adahil Barreto, Figueiredo Correia e tantos outros.

No plano nacional Jânio Quadros, Henrique Lott, João Goulart, Ademar de Barros e Fernando Ferrari.
Com pequenas exceções negativas, o nível era, moralmente falando, disparadamente melhor.
Colecionava-os como figurinhas de álbuns de artistas ou jogadores de futebol.
Apesar dessa “iniciação”, nunca cultivei grandes admirações no teatro político.
Até que um cidadão chamado Luiz Inácio da Silva, “Lula”, me chamou à atenção. Da admiração à decepção foi tudo na mesma proporção.
Não há como conviver com grossa corrupção.Nunca fui sectário, embora quando jovem, tivesse inclinações esquerdizantes.
Depois, veio a desilusão com a realidade conhecida. E olha que a desilusão é uma doença quase incurável.
Nem direita, nem esquerda, tampouco centro disso ou daquilo. Hoje, com as polarizações, ao expor um ponto de vista crítico à ações danosas ao país, de forma isenta, só não somos chamados de santinhos.
Para muitos, imprensa boa é a que concorda. E como tem sido assim.

Um comentário:

  1. Ontem, o senado virou cabaré. A dona do puteiro botou a pasta debaixo do braço e disse - aqui quem manda sou eu. De madrugada. as 3,45 o presidente do STF que antes tinha decidido que a decisão era a do senado, revocou a sua sentença. Determinou que o problema é dele.

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