O futebol brasileiro sempre foi caracterizado como ofensivo. Basta dar uma olhadas na lista de maravilhosos atacantes que fornecemos para o mundo, ao longo da história.
Hoje, nos deparamos com um problema: invertemos as coisas e passamos a priorizar o jogo defensivo.
Há uma consciência da necessidade de que o nosso futebol precisa esboçar uma reação e reatar o nosso jeito de jogar no ataque, procurando mais movimentos que criem situações de gol.
Tudo dentro do conjunto de ferramentas do qual dispomos: criatividade, individualidade, liberdade. Menos ordem, digamos.
Sim, menos ordem num futebol que tem ficado muito burocrático, controlado, organizado e desagradável.
Carile, treinador do Conrinthians, devoto do jogo que prioriza o defensivismo, ganha os títulos e reconhece que seu time foi o pior das últimas conquistas.
Estranho que Abel, treinador do Flamengo, bote um milhão de reais no bolso todo mês e venha com essa conversa que precisa tirar do time o toque e a posse de bola, considerados por ele como excessivos.
Ora, o futebol sulamericano sempre foi admirado pelo toque de bola primoroso. Um time ganhador tem que ser dominante, impor-se pelo estilo agressivo à base de toque e troca de passes, de forma intensa.
Quando isso não for possível, buscar o maior volume de jogo. Fora isso, é tudo conversa para boi com sono.
Só que tem uma coisa: sobreviver à insanidade dos dirigentes que interrompem trabalhos de treinadores, com o frenesi das dispensas, é uma das maiores barreiras para tornar o futebol brasileiro agradável de se ver.
ResponderExcluirPrezado Wilton - O meu comentario foge um pouco do tema de sua bela crônica. Que eu me lembre a estrela do nosso futebol sempre foi o jogador, nunca um treinador. Na minha modesta opinião o que falta são jogadores com o caráter e a personalidade de Um Gilmar dos Santos Neves, Do Nilton Santos, do Mauro Ramos de Oliveira, do José Eli de Miranda, do Mario Lobo Zagalo e milhares de outros que antecederam esse moleque canalha que levou o Renê Simões anunciar um monstro.