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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 16 de abril de 2019

“O plenário da Suprema Corte precisa salvar a instituição desse vexame” - Por Josias de Sousa.


Josias de Souza escreve, no UOL, que Dias Toffoli “inventou a censura em causa própria”.

“Valendo-se de um inquérito secreto que ele mesmo abriu em março, Toffoli pediu providências ao relator que ele próprio indicou —Alexandre de Moraes—,  contra uma notícia em que ele mesmo é o protagonista”, resume o colunista.

Diz que, após a publicação da reportagem de Crusoé, o ministro tinha várias alternativas, como se manifestar sobre as revelações de Marcelo Odebrecht, criticar os jornalistas por exageros, imperfeições ou incorreções.

Mas recorreu à única alternativa que é inconstitucional: a censura.

“Em condições normais, a censura seria lamentável. Tomada por um relator escolhido por Toffoli, no âmbito de um processo secreto aberto por Toffoli, a censura à reportagem sobre Toffoli é uma aberração jurídica estarrecedora. O plenário da Suprema Corte precisa salvar a instituição desse vexame.”

Para Josias de Souza, a notícia publicada na Crusoé ainda “continua requerendo uma boa e definitiva explicação”.

Um comentário:

  1. O cientista político e professor do Insper Fernando Schüler‏ disse que o Supremo “não tem mandato para censurar notícias falsas ou verdadeiras”.

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