Josias de Souza escreve, no UOL, que Dias Toffoli “inventou a censura em causa própria”.
“Valendo-se de um inquérito secreto que ele mesmo abriu em março, Toffoli pediu providências ao relator que ele próprio indicou —Alexandre de Moraes—, contra uma notícia em que ele mesmo é o protagonista”, resume o colunista.
Diz que, após a publicação da reportagem de Crusoé, o ministro tinha várias alternativas, como se manifestar sobre as revelações de Marcelo Odebrecht, criticar os jornalistas por exageros, imperfeições ou incorreções.
Mas recorreu à única alternativa que é inconstitucional: a censura.
“Em condições normais, a censura seria lamentável. Tomada por um relator escolhido por Toffoli, no âmbito de um processo secreto aberto por Toffoli, a censura à reportagem sobre Toffoli é uma aberração jurídica estarrecedora. O plenário da Suprema Corte precisa salvar a instituição desse vexame.”
Para Josias de Souza, a notícia publicada na Crusoé ainda “continua requerendo uma boa e definitiva explicação”.
O cientista político e professor do Insper Fernando Schüler disse que o Supremo “não tem mandato para censurar notícias falsas ou verdadeiras”.
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