Bola de neve e atoleiro das nossas contas públicas.
Os que vão discutir a proposta de emenda constitucional enviada pelo
governo ao Congresso visando à reforma do sistema de aposentadorias e
pensões deveriam saber como estão as contas do País.
O
déficit geral do setor público é de 7% do produto interno bruto (PIB),
“uma das maiores proporções do mundo”. Mas essa é a notícia “boa”. A
“má” notícia é que a dívida pública – verdadeira bola de neve, que só
faz aumentar – já é de 78,4% pelas contas do governo e se aproxima de
90% pela metodologia do Fundo Monetário Internacional (FMI), número
escandaloso para os padrões de um país emergente como o Brasil. Na
média, a dívida dos emergentes é inferior a 50% do PIB, e com juros
módicos.
Em nosso caso, além do montante da dívida – que é de R$ 5,4 trilhões –,
os juros sobre ela incidentes são altos e tendem a aumentar com os
solavancos políticos, constituindo um ralo gigantesco por onde se esvaem
centenas de bilhões, drama este alimentado pelo rombo previdenciário,
que este ano deverá ultrapassar os R$ 300 bilhões. “Enquanto a economia
derrapa e a arrecadação fraqueja, o governo central arranja-se como
pode, com R$ 30 bilhões de gastos congelados e cortes nas chamadas
despesas discricionárias”, dando a medida do aperto orçamentário,
espécie de corte “na carne”, que, a julgar pelas últimas medidas do
Executivo, apenas começou e tem tudo para ser aprofundado.
Ou o Parlamento toma juízo, assume suas responsabilidades para com a
Nação e cumpre o seu dever, abdicando do costumeiro “toma lá dá cá”, ou o
País afunda no atoleiro da dívida, com consequências imprevisíveis.
Simples assim.
(*) Silvio Natal – E-mail: silvionatal49@gmail.com
E o Congresso brincando de gato e cachorro. Tem gente preocupado com a eleição de 2022. É tempo do presidente impor sua força de governante já que na moleza não vai.
ResponderExcluirNo início da década 80, o então Presidente da República, General Figueiredo, desabafou:
ResponderExcluir-- O Brasil não merece os políticos que têm...
Imagine se o General-presidente tivesse vivido o suficiente npara ver o que foi a esculhambação dos governos do PT...