Lula sempre manipulou habilmente as declarações alheias. Agora, falseia até suas próprias afirmações. Na sua primeira entrevista como presidiário, declarou: "Não trocarei a minha dignidade pela minha liberdade." Na segunda entrevista, dessa vez ao jornalista Kennedy Alencar, ajustou o discurso para admitir o óbvio: equipa-se para solicitar a progressão de regime que levará à abertura de sua cela.
"Obviamente, quando os meus advogados disserem ´Lula, você pode sair´, eu vou sair. Só sairei daqui se qualquer coisa que tiver que tomar decisão não impedir de eu continuar brigando pela minha inocência."
Ainda que desejasse, Lula não poderia trocar a dignidade pela liberdade. Primeiro porque perdeu a dignidade ao cometer os crimes que o levaram à prisão. Segundo porque sua passagem do regime fechado para o semiaberto não é matéria sujeita ao escambo, depende da aplicação da legislação.
Num país submetido ao Estado de Direito, jamais será sonegado a um condenado o sacrossanto direito de defesa. A alegada "inocência" de Lula perdeu o prazo de validade quando sua culpa foi ratificada na terceira instância do Judiciário. Mas ao dizer que não abre mão de "continuar brigando", o preso como que desmente afirmações anteriores, nas quais tratava o Judiciário como parte de um grande complô político.
Lula costuma dizer que, quando puder, voltará a percorrer o país. Talvez não tenha a oportunidade de expor seu discurso desconexo a plateias companheiras cada vez menores. Está a caminho uma segunda condenação em segunda instância, referente ao caso do sítio de Atibaia. Somando-se as penas, Lula voltará para o regime fechado antes de se acostumar com as vantagens do semiaberto ou os confortos da prisão domiciliar.
Pelo poder Lula pisa no pescoço da mãe.
ResponderExcluirLeonel de Moura Brizola.
Esse Canalha tem toda capacidade do mundo para o ludibrio, enganar e mentir. A única coisa que lhe falta é vergonha na cara.