Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 5 de agosto de 2019

O “BODE” - Por Wilton Bezerra, comentarista esportiva.


Lendo a coluna do competente jornalista do jornal “O Povo”, Jocélio Leal, me deparo com uma definição de Jair Bolsonaro como presidente, treinador e capitão de um time chamado Brasil. Tal a sua volúpia para se meter em tudo.
O fato me fez lembrar a figura de Anildo Batista do Nascimento, conhecido como o “Bode”, no inicio dos anos 1960, na cidade do Crato. Foi jornaleiro, vereador, árbitro e jogador de futebol, proprietário do Crato Atlético Clube.
Sua pequena sede era um quarto alugado na rua Bárbara de Alencar, próximo à minha casa, quando menino de 12 anos de idade.
Certa feita, o delegado de um jogo envolvendo o Crato Atlético, no estádio Wilson Gonçalves, campo do Sport, quis saber quem era o presidente do time.
“O presidente é o “Bode”, informaram.
Logo a seguir, buscou saber o nome do treinador e recebeu igual resposta. “O treinador é o “Bode”
Enfim, acabou perguntando se o goleiro do time era o mesmo “Bode” treinador e presidente. “Afirmativo”, foi a resposta.
O tal delegado pensou e disse, com razão:“Vixe, isso vai dar ‘bode’!”
Pelo seu estilo irrequieto e, muitas vezes, histriônico”, o “Bode”era chegado a uma polêmica.
Quem quer fazer tudo, acaba não fazendo nada que preste.

3 comentários:

  1. Setembro de 1969. Campo do Pimenta. Shel e Satelite disputavam o título de campeão cratense de futebol. O arbitro da partida, Anildo Batista do Nascimento que era também vereador e postulante a reeleição nas eleições de Outubro.

    A partida transcorria normalmente quando Cibito, atleta do Shel deu um contra vapor em Chico Curto que depois de subir uns dois metros caiu de titela no chão.

    A época não existia a figura do cartão amarelo ou vermelho, o arbitro simplesmente gesticulava mandando o jogador se retirar do campo no caso de uma expulsão.

    Depois da queda e da falta marcada Cibito ainda chutou a bola que foi parar nas imediações do cemitério. O arbitro gesticulou, fez sinais de que o Cibito se retirasse de campo.
    Pangaré, capitão do Shel, tomou chegada do arbitro e disse: muito bonito Anildo, você foi ontem na concentração, comunicou que era candidato a vereador, nós assumimos o compromisso de ajudar e, agora, por conta de uma besteira dessa você expulsa nossa melhor jogador? Vai ter voto não.

    Anildo pensou, um pouco e lascou: Quem lhe disse que eu expulsei? Eu mandei ele ir buscar o bola!

    Quando Chico Curto voltou a vida a partida continuou. O Satelite foi campeão e Anildo reeleito vereador para mais um mandato.


    ResponderExcluir
  2. Já contei esse causo no meu programa.

    ResponderExcluir
  3. Eu vi e ouvir. Sou um exímio admirador do programa. Gosto muito da gargalhada do seu parceiro de apresentação.

    ResponderExcluir