Fernando Gabeira descreveu os ataques de Jair Bolsonaro aos órgãos de combate à criminalidade como “uma ação entre famílias”.
“Ele decidiu intervir no Coaf, na Receita Federal e na PF porque sentiu ameaças à sua família.
Ele próprio revelou que o Fisco fez uma devassa nas finanças de seu irmão, candidato a prefeito em Miracatu, no Vale do Ribeira. Sua campanha presidencial foi investigada.
Flávio, filho de Bolsonaro, estava sendo investigado a partir de dados do Coaf. Toffoli suspendeu as investigações. O presidente aprovou.
E agora quer mudar três nomes da Receita no Rio e um delegado da PF (…).
O descaminho de Bolsonaro no trato com a autonomia dessas instituições se dá num momento singular. Outras famílias importantes – a mulher do ministro Toffoli e a de Gilmar Mendes – também estavam incomodadas com os dados do Coaf. O lamentável vazamento no caso de Gilmar acabou contribuindo para criar uma aliança dentro do STF que inclui Alexandre de Moraes, com sua decisão de suspender investigações.”
Os presidentes anteriores, denunciados e presos pressionavam na surdina os orgões de fiscalização. Bolsonaro faz pior. Acaba, substitui ministros, pessoas e autoridades. Está se revelando um grande defensor dos criminosos. Grande decepção.
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