Merval Pereira comentou o acordão de Jair Bolsonaro com Dias Toffoli:
“A interferência do presidente em corporações como a Polícia Federal, a Receita, o Coaf, as Polícias Militares, fundamentais no combate à corrupção, na direção oposta àquela que balizou sua campanha presidencial, é um dos mais intrigantes movimentos políticos dos anos recentes.
Bolsonaro foi eleito principalmente pelo sentimento antipetista que continua latente. Mas ampliou seu eleitorado cativo, de militares e assemelhados, com a adesão da classe média urbana, que exigia o combate à corrupção como maneira de conseguir bons serviços públicos e um padrão ético civilizado.
Vítima de uma fatalidade política, a partir do momento em que seu filho Flávio foi envolvido em uma investigação de corrupção, quando era deputado estadual no Rio, Bolsonaro mudou de rumo.
Um grande acordo foi costurado com o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, que misturou interesses pessoais com os do Estado brasileiro.
Parte dos eleitores de Bolsonaro vai ficar revoltada quando entender que ele está boicotando a Lava Jato, mas outra está satisfeita com o que está fazendo em outras áreas, como liberação de porte de armas, combate à pornografia, mudança de enfoque da conservação do meio-ambiente.
Os liberais de centro-direita estão satisfeitos os caminhos da economia. Mas a recuperação da economia depende também da elevação do padrão ético do país. E da melhoria de nossa imagem no exterior.”
É resultado do acordão com Dias Toffoli, que pode culminar, na semana que vem, com a soltura de Lula e o fim da Lava Jato.
ResponderExcluirLamentável seu alinhamento com os corruptos e conivência com medidas que atrapalham e prejudicam a Lava Jato e o combate a corrupção. Atua movido pelo interesse pessoal e dos filhos.