Paulo César Caju, cujo caráter não é dos mais apreciáveis, em seus bons comentários no jornal O Globo, voltou a tocar num assunto muito sério, que diz respeito a derrubada de treinadores por iniciativa de jogadores.
E cita, com um certo prazer, quando jogadores do Botafogo, ele incluído, boicotaram o treinador Paulinho de Almeida.
O jogador Ganso, nos tempos do reinado de Neymar no Santos, não cumpriu a ordem de Dorival Jr. quando foi substituído.
Simplesmente, mandou dizer que não sairia e isso se concretizou, arrancando até elogios de certa parte da mídia esportiva.
No jogo do Fluminense contra o Santos, quinta-feira passada, ao ser substituído Ganso agrediu verbalmente o treinador Osvaldo de Oliveira, jogando-o contra a torcida no Maracanã.
A passagem de Rogério Ceni pelo Cruzeiro acabou se transformando numa coisa muito triste, com o treinador sendo rifado pelos jogadores.
A enrolada direção cruzeirense, depois de promessas de apoio feitas publicamente, deixou Ceni sozinho com a sua demissão, ficando ao lado do elenco.
Essas insubordinações deviam ser fatores de enormes preocupações por representarem um retrocesso na gestão do futebol brasileiro.
A ordem das coisas se inverte perigosamente, pois jogador que boicota e derruba um treinador, faz a mesma coisa com outros dez.
Imaginei que essa desonestidade profissional ficasse em pequenos casos no futebol brasileiro.
Me enganei redondamente e esses acontecimentos voltam como resultado de deletérias administrações da cartolagem.
Se pernas de pau como Tiago Neves e Ganso derrubam treinador imaginem quantos treinadores teriam sido derrubados por Pelé, Zagalo, Nilton Santos, Tostão e tantos outros craques. Falta Caráter no jogador e na diretoria. E os treinadores se tornam brinquedos nas mãos deles. São feitos de trouxas.
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