O DIA EM QUE NIETZSCHE CONHECEU DOM PEDRO II.
Friedrich Nietzsche era um homem reservado, avesso a desconhecidos, mas graças ao fascínio da personalidade do brasileiro, abriu-se e tomou confidência com o estrangeiro, do qual não conhecia o status
Estava Friedrich Nietzsche em um a pequena estação da Áustria quando, ao longe, ouviu o apito do trem. O jovem tomou notas do cenário: o trem, o barulho das rodas sobre os trilhos, homens acenando chapéus, a fumaça da locomotiva se confundindo com as nuvens baixas e com o verde compacto das colinas.
Em tudo que via, cheirava e ouvia, ele sentia o frescor do ano de 1871, tempo de notável renovação após a Guerra Franco-prussiana, onde servira como voluntário. Nietzsche estava prestes a retomar o curso normal de sua vida, prosseguindo como professor de filologia na Universidade de Basileia, onde sua acuidade filosófica crescia gradativamente.
Conferiu os ponteiros do relógio e embarcou no trem. Antes que tivesse tempo para tomar seu assento, a locomotiva começou a se mover e logo estava deixando a área residencial da cidade, avançando por campos cheios de trigo, pomares e pequenas propriedades que começavam a se encher com os grãos da estação.
Atravessando de um vagão para outro, enganou-se e foi ter na cabine errada. Um homem idoso, barbudo, robusto e de ombros largos que, pelos hábitos e sotaque, parecia pertencer a um país exótico o recebeu à porta. Nietzsche logo percebeu o equívoco.
O vagão estava ocupado por alguma alta personalidade acompanhada de grande séquito. Constrangido, o jovem pediu desculpas e já se retirava quando foi convidado pelo simpático senhor a permanecer com ele e lhe fazer companhia durante a viagem naquele percurso pelos Alpes Tiroleses. Nietzsche aquiesceu ao amável convite e logo o desconhecido puxou assunto.
Friedrich Nietzsche era um homem reservado, avesso a desconhecidos, mas graças ao fascínio da personalidade do brasileiro, abriu-se e tomou confidência com o estrangeiro, do qual não conhecia o status. Em pouco tempo de viagem, enquanto o trem atravessava áreas rurais bucólicas e isoladas, vastas áreas montanhosas e longos túneis, a conversa se tornou extremamente animada.
Atravessando de um vagão para outro, enganou-se e foi ter na cabine errada. Um homem idoso, barbudo, robusto e de ombros largos que, pelos hábitos e sotaque, parecia pertencer a um país exótico o recebeu à porta. Nietzsche logo percebeu o equívoco.
O vagão estava ocupado por alguma alta personalidade acompanhada de grande séquito. Constrangido, o jovem pediu desculpas e já se retirava quando foi convidado pelo simpático senhor a permanecer com ele e lhe fazer companhia durante a viagem naquele percurso pelos Alpes Tiroleses. Nietzsche aquiesceu ao amável convite e logo o desconhecido puxou assunto.
Friedrich Nietzsche era um homem reservado, avesso a desconhecidos, mas graças ao fascínio da personalidade do brasileiro, abriu-se e tomou confidência com o estrangeiro, do qual não conhecia o status. Em pouco tempo de viagem, enquanto o trem atravessava áreas rurais bucólicas e isoladas, vastas áreas montanhosas e longos túneis, a conversa se tornou extremamente animada.
O ocupante do vagão era um senhor anfitrião. Aquele ilustre desconhecido, que falava diversas línguas – antigas e modernas –, era um entusiasta da filosofia, grande e devotado estudioso da história, patrocinador das artes e da ciência. Nietzsche estava encantado. Mais que isso, estava confortável ao ponto de mencionar manuscritos de suas ideias ainda não publicadas.
ResponderExcluirApós algumas horas de viagem, o trem chegava à estação destino de Nietzsche. O apito de desembarque foi ouvido com pesar por ambos. Entusiasmado e impressionado com a erudição do gentil ancião, mas ao mesmo tempo embaraçado por não saber de quem se tratava, ao se levantar para se despedir, tratou de indagar a identidade do anfitrião que o acompanhava até a saída do vagão. Surpreso, ao descobrir que se tratava do Imperador do Brasil, Dom Pedro II, Nietzsche começou a rir e o abraçou.
Tudo que se publica sobre o Imperador Dom Pedro II atesta a magnanimidade de que ele dotado.Não é atoa que dom Pedro II ainda hoje é considerado "O Maior dos Brasileiros"
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