Lançado
recentemente, o livro “Alegrias e Tristezas. Estudos sobre a
autobiografia de Dona Isabel do Brasil” da lavra dos historiadores
Fátima Argon e Bruno Antunes de Cerqueira, já pode ser considerado um
clássico dentre os muitos livros escritos sobre a Princesa Isabel.
O Bispo
Diocesano de Petrópolis, Dom Gregório Paixão, monge beneditino, é um
dos mais cultos bispos brasileiros, por todos reconhecido. Ele publicou
uma nota – no seu facebook – sobre o capítulo “Entre o Céu e a Terra”,
constante do livro acima citado. Antes de publicar o comentário do
bispo, permita-me fornecer algumas informações sobre Dom Gregório
Paixão.
Ele nasceu em Aracaju, Sergipe, em 3 de novembro de 1964. Cursou
Filosofia e Teologia na Escola Teológica da Congregação Beneditina do
Brasil, vinculada ao Pontifício Ateneu de Santo Anselmo, de Roma. Dom Gregório é Doutor em Antropologia pela
Universidade de Amsterdã, na Holanda. Poliglota, foi Diretor do famoso e
tradicional Colégio São Bento da Bahia e da Faculdade São Bento, assim
como da Revista Análise e Síntese. Lecionou Língua Grega, Homilética e Antropologia. Possui mais de 20 livros publicados.
É músico e pintor, tendo cursado Piano e Órgão de Tubos no Instituto de Música da Universidade Católica do Salvador, onde foi aluno da famosa pianista Zélia de Araújo Vital. Estudou Artes Plásticas no atelier do renomado pintor Waldo Robatto, em Salvador.
Agora transcrevo o que publicou este bispo sobre o livro biográfico da `Princesa Isabel. A conferir.
"Apraz-me
destacar um ponto crucial da vida de D. Isabel: sua religiosidade. Esse
tema foi, não poucas vezes, tratado com descaso e preconceito por
alguns historiadores que, sob um olhar ideologizado — como hoje
costumamos falar — julgaram a aparência, sem uma leitura correta da alma
oitocentista e sem perceber o valor recôndito de quem sonhara com uma
“política do coração”.
“Alegrias e Tristezas. Estudos sobre a autobiografia de Dona Isabel do Brasil” é, portanto, uma parábola verídica, num tempo determinado, sobre uma pessoa específica, nos convidando a penetrar nas histórias misteriosamente sentidas, publicamente vistas e profundamente vividas. Desse modo, Fátima Argon e Bruno Cerqueira dão-nos a conhecer uma vida que construiu histórias, muito além das visíveis narrativas epistolares, centelha de uma existência madura que nunca cessou de nos instigar e ensinar, entre lágrimas e risos.
Parabenizo aos nossos escritores pela iniciativa e convido a todos para saborearem o que tive privilégio de experimentar por primeiro. Tenho certeza de que muitos poderão desfrutar da alegria de penetrar na história de uma mulher inteligente, virtuosa e cônscia de seu papel de cidadã, cristã e política, escrevendo suas memórias com a saudade de sua gente e da terra onde fora proibida de viver.
Somos gratos a Fátima Argon e Bruno Antunes de Cerqueira por nos apresentar, com profunda clareza, o coração de D. Isabel... suas escolhas... suas alegrias e não poucas tristezas... dando-nos oportunidade para aprendermos com sua existência que “as palavras ensinam, mas os exemplos arrastam”.
Dona Isabel, faleceu em 1921 e seu marido em 1922, deixando a fortuna da família Orleans para seus filhos e o sobrenome Orleans e Bragança, que garantiria um futuro seguro para as próximas gerações na Europa.
ResponderExcluirO Conde D’eu foi o último membro da família imperial a pisar em solo brasileiro. Por comemoração da Independência do Brasil, o governo convidou a princesa Isabel e seu marido para o evento em 1922, mas a princesa imperial do brasil dona Isabel ( Condessa D’eu ) já estava com a saúde muito debilitada, então o Conde seguiu viagem e recebeu muito carinho de pessoas que ainda eram vivas da época imperial, o próprio Príncipe de Orleans se emocionou várias vezes visitando o paço Isabel ( atual palácio guanabara ) ele disse “tudo esta tao diferente mas minha alma e de isabel continuarão sempre aqui”.
O Presidente e ditador Getúlio Vargas, permitiu em 1939 o translado dos restos mortais de D. Pedro II e Dona Teresa Cristina, para o Mausoléu Imperial, uma capela localizada à direita da entrada da Catedral de Petrópolis.
O túmulo foi esculpido em mármore de Carrara pelo francês Jean Magrou (1869 – 1945) e pelo brasileiro Hildegardo Leão Veloso (1899 – 1966).