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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 26 de junho de 2020

FUTEBOL ANTES DA PANDEMIA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.


Em matéria de futebol brasileiro, pode se dizer que, antes da pandemia, os primeiros meses do ano foram período para esquentar tamborins, apenas. Dessa forma, qualquer análise geral prende-se ao término da temporada 2019 e a herança que esta possa ter deixado.
Não há dúvida de que o grande acontecimento foi o futebol jogado pelo Flamengo, deixando os seus oponentes nacionais na poeira e ensejando análises comparativas em termos de América do Sul e Europa.

Embora se mostrando à altura de um campeão da Libertadores, na derrota rubro-negra para o Liverpool, ficou patenteado que se joga um futebol superior no Velho Mundo. Fora disso, diga-se que a situação é preocupante em termos de futuro.
Grandes times em crise e os mesmos problemas de calendário, num futebol que se organiza mal e de forma superada.
Vamos trazer exemplos de duas grandes equipes e suas políticas de gestão: Flamengo e São Paulo.

O que o time carioca fez: atender ao mercado europeu, com jogadores na faixa de 20 anos, fazer dinheiro com isso e trazer valores sem espaço na Europa. Afora outros exemplos: Vinícius Jr. e Lucas Paquetá se foram e vieram Felipe Luiz e Rafinha.
Sem se falar em Gabigol e Gerson, que saíram do Brasil e voltaram.
Deu certo, como podia dar errado.

No São Paulo, a aposta continuou sendo a venda de suas “ jóias” forjadas na cotia e a contratação de medalhões, como Daniel Alves, Juanfran e Pato.
Deu errado.
Muito dinheiro gasto no que se mostrou “pastel de vento”.

Como desta forma, só nesses dois exemplos, rubro-negros e tricolores terão, no futuro, ídolos do naipe de Kaká e Zico?
Portanto, o que restou da temporada passada ficou para moldar um cenário atingido pela pandemia.
Para não dizerem que não falei do nosso futebol, vá lá: dentro das nossas possibilidades, foi tudo ótimo, com boas perspectivas. Tirando-se, neste começo de ano, os estragos da pandemia.

O Ceará, com maiores sobressaltos, logrou continuar na elite, marcando boas médias de público.
O Fortaleza manteve e reforçou o elenco, garantindo a direção segura de Rogério Ceni.
Depois que a maré baixar, tricolores e alvinegros não serão flagrados nadando nus, ao contrário de muitos times do Brasil.

Um comentário:

  1. Na minha singeleza acho que talvez precisemos de tempo para saber quem vai causar maior estrago: A pandemia ou essa medida do governo prestigiando grandes clubes e deixando à míngua categoria em geral. Como disse o ministro do meio ambiente : A boiada passou enquanto se entretiam com o virus.

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