Emburrecemos.
Em uma sociedade dedicada a espetáculo, show e entretenimento, a cultura vale pouco.
Se houve um tempo em que a educação foi importante em nosso País, me digam, ajudem a descobrir quando.
Vivemos um período em que as pessoas valem pelo que falam delas, não pelo produzem ou verberam.
É o que Muniz Sodré denomina de "classe-mídia".
O que vale é o que vende.
Todo dia, somos sacudidos por "fenômenos" artísticos e culturais de quem nunca ouvimos falar.
Tempos atrás, em uma tradução bem nossa, o que gera tudo isso é o "prego de leitura".
Poucos leem e muitos preferem "ficar no prego", na hora de entender a vida.
O locutor que vos fala não é nenhum devorador de livros e, acha mesmo, que ler é uma coisa que pode ser chata.
De muitos livros de escritores clássicos que tentei ler, não consegui avançar além de poucas páginas.
O segredo para reverter isso foi a escolha de leituras que me agradassem.
Quando acertei esse detalhe, nunca mais deixei de ler.
Não só livros, mas revistas, jornais e todo escrito que me chegou às mãos.
Nunca o banal esteve tão por cima em nosso País.
Vejam o caso dos reality shows, que as nossas televisões oferecem para uma enorme audiência.
Quanto mais desqualificados, mais os participantes se prestam para os seus papéis.
E o telespectador bate palmas e pedi bis.
É o grande momento da banalidade que vende.
Eu acho que em termos de aberrações e banalidades não existe definição melhor : Emburrecemos.
ResponderExcluirNinguém tem mais o hábito de ler. Quando ler não entende. Ler uma coisa e entende outra. Se vai comentar aí meu Deus.