Um estádio de futebol como obra urbana tem que ser um lugar em si.
Lugar público, com alma, de perene circulação e que expresse identidade e personalidade próprias.
Não existem templos, considerados como tal, sem que sejam frequentados por seus fiéis. Transformam-se em um “não lugar”.
A nova Arena Romeirão, que leva o nome do saudoso líder político Mauro Sampaio, terá o desportista caririense reconhecido nela.
O velho Romeirão (que lugar!) foi demolido, para se erguer, no mesmo espaço, um estádio novo, bonito e moderno.
As lembranças e histórias deixadas são inegociáveis.
O piso do campo de jogo foi removido deixando as pegadas da fama de Garrincha, Pelé, Zico, Rivelino, Carlos Alberto, Sócrates e outros craques notáveis.
Um rei, Roberto Carlos, também, o ocupou para cantar.
Quantas vezes lotado e colorido, como palco de históricos clássicos, entre Icasa e Guarani.
Até como uma igreja a céu aberto o estádio foi utilizado.
O Romeirão foi um sonho dos pioneiros e verdadeiros desportistas de Juazeiro do Norte, realizado graças à sorte da cidade contar com Dr. Mauro Sampaio como seu prefeito.
Mas, como diz a canção, "o novo sempre vem".
Que a Arena ROMEIRÃO traga um alento renovado ao futebol do Cariri, tão necessitado de uma repaginação profissional.
Eu não sei do que tenho mais saudades, da idade ou dos fatos. 1970, 18 anos, estava no aeroporto Nossa Senhora de Fátima, na chapada do Araripe quando o avião chegou com a equipe do Cruzeiros. No Romeirão assistir aos dois jogos. Apesar do Cruzeiro não ter trazido Raul, Procópio, Piaza, Dirceu Lopes e Tostão, os seus principais jogadores eu vi Natal, jogar bonito e com elegância, um craque na expressão da palavra. Espera-se que a evolução que houve no estádio acontece também no futebol da região. Como está a região não merece uma arena do tipo.
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