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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 11 de julho de 2022

Todo cuidado com sobreviventes é pouco - Por Antônio Morais.

 


Viver é muito perigoso. Mas viver no limite da irresponsabilidade é muito mais. Há quem goste. Soa como um desafio.

Lula é um sobrevivente, cuidado com sobreviventes. Acham-se capazes de tudo.

Sobreviveu à seca no Nordeste, à miséria em São Paulo, aos riscos da vida sindical na ditadura de 64, e a três derrotas seguidas para presidente.

O candidato antes favorável à limitação do direito de propriedade privada, ao aborto e à estatização dos bancos, virou o "Lulinha Paz e Amor" e, afinal, elegeu-se.

Um dos segredos do seu sucesso: a falta de princípios. Lula por ele: “Sou uma metamorfose ambulante”. Lula por Hélio Bicudo, fundador do PT: “Ele só está em busca de vantagem para ele e para sua família”.

Lula escapou depois de se dizer traído pelos mensaleiros e entregar a cabeça de José Dirceu.

Lula não vê nada de mais em ter informado ao Exército, ao completar 18 anos, que media dois centímetros a mais do que media. Não se conforma em ter menos de um metro e setenta.

Nem vê nada demais no fato do seu filho mais velho ter enriquecido enquanto ele presidia o país. Lula entrou pobre num pais rico e saiu  rico de um pais pobre.

Lula considera natural ter enriquecido prestando serviços a empresários, e de nessa condição aspirar a um novo mandato de presidente.

Ilegal não seria. Seria simplesmente imoral.

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