Nos meus raros momentos de melancolia, fico me perguntando se dá para ser otimista com a vida.
Começa que tem muita gente achando que a cabeça do povo é lixeira.
Papos ideológicos sustentados, quando as coisas não estão mais tão separadas assim.
Os soltos pela coleira não sabem sequer de suas posições na escala Richter.
Ao invés de "procurar pela Anita", não deveríamos pensar numa forma de acabar com a fome de 33 milhões de pessoas no Brasil?
Sim, porque a doença maior da pobreza é a fome.
E os graves problemas humanos e existenciais agravados pelo medo que as pessoas têm?
Este é o ovo da serpente.
Já ouviram falar de um tal de medo líquido? Não estamos falando de um temor em forma de refrigerante. Nada a ver.
Coisas que nos cercam e angustiam.
Eis alguns exemplos do que vos fala esse locutor: doença sem remédio, violência que não cessa, solidão que apavora e o desamparo no fim da vida.
Acrescente-se a este cipoal incômodo a indiferença que marca os nossos movimentos.
Não me digam que acham pouco.
É a propósito de gente que escrevemos.
Pessoas que passaram quase duas décadas no puder, ludibriando, mentindo, enganando o povo, falando em fome sem nada fazer para eliminá-la, estão se apresentando como solução para o grave problema.
ResponderExcluirAssim é que em Várzea-Alegre, numa pesquisa para saber qual o mais otimista e o mais pessimista chegou-se a dois vizinhos do bairro Sanharol: Perguntado como via a situação do Brasil, Raimundo Cocão, o otimista respondeu : Se continuar como está o povo vai comer "merda", aí, José de Lula Goteira, o pessimista lascou : Eu digo que a merda não vai dar para o povo todo não!.