Xico Bizerra.
"Desembuchei no mundo numa cidade cearense chamada Crato, nos calcanhares da Serra do Araripe, avizinhada, parede-e-meia, com o Pernambuco. Por aquelas bandas, se nasce sentindo as baforadas do baião, se toma mingau com gosto de xote, a chupeta já vem melada com o açúcar do xaxado. Além do mais, ao sair do bucho da mãe, já bate nas ‘oiça' da gente um violeiro, um cantador ou um cego de feira, do outro lado da calçada, cantarolando Gonzagão. Como não se apaixonar pelo rei Lua? Assim, fui balançado na rede ouvindo o acalanto Gonzagueante e sentindo no pau da venta o cheirinho bom da terra do sertão. Para completar, minha mãe tocava bandolim, quando não tava namorando com meu pai. Daí, o gosto pela música, conseqüência de uma relação quase umbilical."
O INÍCIO
Assim, Xico se descreve. Lembra que desde os 14, 15 anos já compunha umas ‘besteirinhas’. Meio por timidez, meio por falta de tempo para dedicação integral (um dos seus defeitos, segundo ele, é a utopia de querer fazer as coisas sempre bem feitas) foi ‘embauzando’ as composições, guardando-as só para si. Até que, com a proximidade da aposentadoria e percebendo o processo ‘pinelizante’ dos colegas que se aposentavam, resolveu que, no período de ‘vagabundagem’ que se avizinhava, valeria a pena fazer algo prazeroso, que lhe afagasse a alma... afinal, 28 anos cumprindo obrigações burocráticas atrás de um birô e em viagens por esse ‘Brasilzão’ – vivia à cata de ‘picaretas’ do setor financeiro, era Inspetor do Banco Central – mereciam uma recompensa do ponto de vista da satisfação pessoal.
O INÍCIO
Assim, Xico se descreve. Lembra que desde os 14, 15 anos já compunha umas ‘besteirinhas’. Meio por timidez, meio por falta de tempo para dedicação integral (um dos seus defeitos, segundo ele, é a utopia de querer fazer as coisas sempre bem feitas) foi ‘embauzando’ as composições, guardando-as só para si. Até que, com a proximidade da aposentadoria e percebendo o processo ‘pinelizante’ dos colegas que se aposentavam, resolveu que, no período de ‘vagabundagem’ que se avizinhava, valeria a pena fazer algo prazeroso, que lhe afagasse a alma... afinal, 28 anos cumprindo obrigações burocráticas atrás de um birô e em viagens por esse ‘Brasilzão’ – vivia à cata de ‘picaretas’ do setor financeiro, era Inspetor do Banco Central – mereciam uma recompensa do ponto de vista da satisfação pessoal.
Xico Bizerra, um cratense vitorioso. Cidadão pernambucano por ordem da Assembleia Legislativa de Pernambuco, cidadão recifense por ordem da Câmara Municipal de Recife. Centenas de composições delas gravadas por mais de 50 artistas renomados do pais. Funcionário aposentado do Banco Central do Brasil, e, o mais importante neto do Professor Zuza Bizerra de Britto.
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