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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

A festa da padroeira - Portagem Pedrinho Sanharol.

O cenário para grande festa em homenagem à Padroeira do Crato - Nossa Senhora da Penha, era a Praça da Sé, lugar onde os devotos e o povo, em geral, com júbilo, comemoravam durante dez a quinze dias.

Até a década de 60 era uma solenidade importante para a cidade. O povo participava intensamente dos festejos, comparecia literalmente demonstrando, em torno da grande praça, alegria e tranquilidade, imagem pura de uma época em que numa festa de cunho popular, não existia lugar para violência.

Na praça, durante as comemorações, os namorados passeavam envolvidos pelo som de um ou mais alto-falantes, ao invadirem o ambiente com as músicas, na maioria das vezes de estilo romântico.

Ouviam-se de quando em quando, anúncios de mensagens de amor de muitos apaixonados que, platonicamente, perdidos na multidão, declaravam seu sentimento, por meio da música que fazia sucesso na época.

Enquanto o povo se divertia comendo cachorro quente e chupando rolete de cana, a sociedade do Crato se reunia na quermesse, em frente a Sé Catedral, bebendo e arrematando por preços, às vezes elevados, galinha assada, bolos e animais vivos carneiros, bezerros e bois doados por fazendeiros da região. 

A alegria e descontração ao comando do vigário ou de pessoas comprometidas com a organização da festa, estendia-se até altas horas da noite.

Francisco Pedro de Oliveira.

Um comentário:

  1. E por falar em leilão, na noite dos bancarios daquele ano, Antônio Luiz arrematou uma galinha e ofereceu a Lázaro Fonteneles. José de Paula Banntim, o pregoeiro, de microfone em pulso falou a todo pulmão :

    Levanta Lazaro, caminha,
    Vem buscar tua galinha.

    Até o mons. Rubens que era bastante sério e sisudo riu com a presepada.

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