Diamantina, final de 1910. Juscelino, o ladino e arteiro Nonô, de oito anos, apronta mais uma.
A mãe resolve aplicar algumas palmadas corretivas. Era assim naquele tempo. Esperto o menino dispara para o quartinho humilde. Mas logo volta.
Dona Júlia senta numa cadeira dobrou o corpo dele sobre o colo e solta a mão três vezes no magro trazeirinho.
Surpresa, nenhum choro, nem gemido, nem reclamações. Ela percebe algo escondido sob a surrada calça curta.
É um velho retalho de pano acolchoado. Finge que não viu, livra o garoto.
Ela segura o riso e agradece a Deus.
Por que todos querem ser como Juscelino! Por que ele foi tão perseguido! Os historiadores contam sempre uma versão diferente e de acordo com as conveniências. Benedito Valadares e Tancredo Neves que embarcaram nas ditaduras de Getúlio Vargas são considerados democratas. JK que era contra não era visto assim. No Brasil democracia é quando é a favor, se for contra passa a ser ditadura.
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