Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

O BANDEIRINHA QUE SABIA DAS COISAS - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Confesso meu fascínio pelos pequenos estádios de futebol. Eles são únicos.  

De preferência os que têm poucas arquibancadas. A separar o torcedor do jogo apenas o alambrado.

Gramado quase inexistente. O campo de jogo com barro e algumas manchas de capim de burro, graças a uma neblina durante o dilúvio.

Nos "estadiozinhos" todo mundo se conhece. A ponto de se perguntar ao porteiro: "Meu amigo Sebasto já chegou ?

Jogadores, treinadores e árbitros, sofrem com as pressões e insultos da torcida, como se ela estivesse dentro de campo

No pequeno estádio o torcedor acha que a aquisição do  ingresso lhe dá o direito de esculhambar todo mundo.

Nesse ambiente tensionado, os bandeirinhas são os que mais sofrem pela aproximação do torcedor apoiado no  alambrado.

Já  flagrei uma "recepção"  dada a um bandeirinha que chegava à borda do campo: "Já chegou, né, ladrão sem vergonha. Trabalha direito se não vai levar umas lapadas".

Mas, um certo dia, o bandeira levou a melhor com o torcedor, por conhecê-lo bem.

"Tu sabe o que tua mulher tá fazendo numa hora dessa ?" Vociferou o torcedor.

Ao identificar o autor do xingamento, o bandeirinha devolveu: "A minha tá trabalhando em casa. A sua está lhe botando chifre com fulano de tal".

Coube ao xingador se afastar, esqueirando-se de fininho, morto de vergonha.

O bandeirinha sabia das "coisas".

2 comentários:

  1. Na verdade o trabalho do arbitro depois do VAR ficou mais fácil. Erros grosseiros e até propositais deixaram de ocorrer. Italo Gui Nilitão, funcionario do Banco do Brasil e torcedor do Vasco chamava o árbitro José de Assis Aragão de - "José de Assis Aramengão". Sabe que se existisse o VAR antigamente o Brasil poderia ter um titulo a menos. Nilton Santos pulou fora da área evitando um penalti contra o Brasil. Com o VAR isso não seria possível.

    ResponderExcluir
  2. Lembrei do "Campo de Zé André", no Sítio Sanharol.

    ResponderExcluir