Confesso meu fascínio pelos pequenos estádios de futebol. Eles são únicos.
De preferência os que têm poucas arquibancadas. A separar o torcedor do jogo apenas o alambrado.
Gramado quase inexistente. O campo de jogo com barro e algumas manchas de capim de burro, graças a uma neblina durante o dilúvio.
Nos "estadiozinhos" todo mundo se conhece. A ponto de se perguntar ao porteiro: "Meu amigo Sebasto já chegou ?
Jogadores, treinadores e árbitros, sofrem com as pressões e insultos da torcida, como se ela estivesse dentro de campo
No pequeno estádio o torcedor acha que a aquisição do ingresso lhe dá o direito de esculhambar todo mundo.
Nesse ambiente tensionado, os bandeirinhas são os que mais sofrem pela aproximação do torcedor apoiado no alambrado.
Já flagrei uma "recepção" dada a um bandeirinha que chegava à borda do campo: "Já chegou, né, ladrão sem vergonha. Trabalha direito se não vai levar umas lapadas".
Mas, um certo dia, o bandeira levou a melhor com o torcedor, por conhecê-lo bem.
"Tu sabe o que tua mulher tá fazendo numa hora dessa ?" Vociferou o torcedor.
Ao identificar o autor do xingamento, o bandeirinha devolveu: "A minha tá trabalhando em casa. A sua está lhe botando chifre com fulano de tal".
Coube ao xingador se afastar, esqueirando-se de fininho, morto de vergonha.
O bandeirinha sabia das "coisas".
Na verdade o trabalho do arbitro depois do VAR ficou mais fácil. Erros grosseiros e até propositais deixaram de ocorrer. Italo Gui Nilitão, funcionario do Banco do Brasil e torcedor do Vasco chamava o árbitro José de Assis Aragão de - "José de Assis Aramengão". Sabe que se existisse o VAR antigamente o Brasil poderia ter um titulo a menos. Nilton Santos pulou fora da área evitando um penalti contra o Brasil. Com o VAR isso não seria possível.
ResponderExcluirLembrei do "Campo de Zé André", no Sítio Sanharol.
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