Esse período da Semana Santa nos remete a muitas imagens nostálgicas e sentimentais. É tempo de congraçamento, de reencontros e de lembranças de passagens históricas, que cada famílía guarda no seu bornal de recordações. Nesse rol de imagens estão os itens gastronômicos, elementos culturais e as crenças religiosas, que são muito representativas nas regiões interioranas do Brasil.
Temos uma formação religiosa com base no catolicismo apostólico, portanto, embora ultimamente observe-se algumas perdas de seguidores para outras crenças, ainda há um forte pertencinento entre os que acreditam na tese originária da Santíssima Trindade, na intrínseca identidade que há entre os preceitos culturais das comunidades e seus costumes religiosos.
Na região Centro-sul do Ceará, por exemplo, os preceitos culturais são representados por figuras que encarnam as pessoas necessitadas e, em nome daquelas, na Semana Santa, imploram ajudas e esmolas, nas ruas das cidades e seus interiores (penitentes, caretas, ciganos). Esses grupos, têm como princípio original, recolher gêneros e recursos financeiros para si próprios ou para distribuí-los com terceiros dependentes.
Na parte religiosa, em alguns dias da Semana Santa, os sacramentos são suspensos nas igrejas; flores são retiradas dos altares; os santos são todos cobertos com panos pretos e as luzes são apagadas. Há ainda o "Lava-pé", onde o pároco faz a vez de Jesus Cristo, cingindo com água os pés de 12 abnegados seguidores da fé católica. O consumo de carne é suspenso e alguns ainda fazem jejum na Sexta-feira Santa. Tudo isso, como atenção e respeito ao sofrimento do Representante de Deus na terra.
Por fim, na Semana Santa há um conjunto de componentes naturais que ajudam a formar uma receita gastronômica perfeita de intimidades, sabores e cheiros: a vegetação em renascença aflora, o verdes dos vales se avivam, os feijões e hortifrutos resplandecem; os peixes se multiplcam, os produtos e derivados lacteos aumentam; bacalhoadas e outras receitas aparecem, mesmo fortuitas. Com toda essa efervecência, não há como não se pensar em uma acolhida de parentes e amigos, para repartir com eles essas dádivas do Grande Criador.
Uma boa Páscoa...
A condução da Igreja católica está no rumo errado. Nas ultimas décadas perdeu 40% de seus fiés. E, continua metendo os pés pelas mãos, cuidando de coisas que nada tem a ver com evangelizar.
ResponderExcluirÉ verdade, Morais. Observa-se também que há regressões na fé das pesssoas e de suas presenças nos sacramentos da igreja católica. As festas culturais e religiosas atualmente sãomais voltadas para arrecadação financeira do que para representações da fé cristã.
ResponderExcluirIgreja adaptada ao mundo contrasta com o céu.
ExcluirCulto não é show. Púlpito não é palco. Padre e pastor não são artistas, são evangelizadores.
Igreja não é empresa comercial.