O drible é o movimento que melhor ilumina o caráter do futebol como arte.
Resulta de uma sincronia do corpo com os pés. Memória corporal.
Diferente do drible, a finta é o drible de corpo sem tocar a bola.
Genial a definição de Chico Buarque: "O drible de corpo é quando o corpo tem presença de espírito".
Iríamos um pouco mais adiante, afirmando que o drible é inseparável da arte de jogar futebol.
Driblar é dizer que sim e executar o não.
Todo esse preâmbulo é para saudar o aparecimento de um jogador que dribla e finta: Erick Pulga.
Mirrado e corajoso, adora desmantelar os sistemas defensivos mais fechados.
Dribla para ganhar território e, se possível, marcar gols, como no jogo do Ceará contra o Mirassol.
No País de Garrincha, o drible está em falta.
Por isso mesmo, Erick Pulga é uma boa notícia.
Aparecem sempre jovens habilidosos que trazem esperanças aos torcedores. Se tiver a humildade necessária será vencedor. A humildade triunfa sempre.
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