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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 5 de junho de 2024

OS MEIAS DE LIGAÇÃO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Volta e meia, volto a falar sobre os meias de ligação no futebol brasileiro. Não deixa de ser uma obsessão.

Dizia-se: "Um grande meia-armador é meio time". Nostalgia dos estilos de Didi e Gerson.

O grande Tostão não cansa de repetir, em suas crônicas, que um dos males maiores  do nosso futebol foi a extinção dos meias.

Entanto, acho que quem fez desaparecer os meias foi a velocidade que o futebol ganhou.

Observamos que, hoje, os meias tem que antecipar a própria jogada que realizam. Saber como dar destino à bola antes que ela chegue.

Os espaços entrelinhas de defesa adversária são tão pequenos e raros, que os meias têm que possuir habilidade, à moda antiga, e velocidade para o executar o último passe.

Acho que a maior explicação é essa. Os esquemas de jogo mudaram, amparados numa velocidade que não existia. 

O maior frasista brasileiro, Nelson Rodrigues, sustentava: "A velocidade é um prazer de cretinos".

Um comentário:

  1. Lembro-me de alguns meio campistas : Roberto Dias e Fefeu, no São Paulo. Piaza e Dirceu Lopes, no Cruzeiro. Zito e Mengálvio, no Santos. Adilio e Andrade, no Flamengo. E o mais consagrado de todos Dudu e Ademir da Guia no Palmeiras.

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