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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 16 de junho de 2024

VIVENDO E APRENDENDO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.ç

Não tive formação teórica em nada. Bem ou mau, aprendi as coisas fazendo.

Deixaram que eu usasse o microfone e fui falando. Lendo ou improvisando.

Quando menino, operador da Amplificadora Cratense, deixei o áudio ligado, baixei o som da música e anunciei a hora certa.

Para meu azar, o gerente Donizetti Sobreira ouviu numa das bocas espalhadas pela cidade do Crato.

Retornando aos estúdios da Praca da Sé, Donizetti foi curto e grosso: "Da próxima vez que você usar o microfone, lhe boto pra fora".

Sem dúvidas, um grande "incentivo". Minha voz era de 'bebê de macumba", como diria um certo Nelson.

Escrever para o extinto jornal Tribuna do Ceará (era correspondente em Juazeiro do Norte) foi outra dura batalha.

Hoje, revendo alguns textos escritos, não sei como publicaram. 

Só que, lá pelos anos 70, fundei com companheiros da imprensa esportiva juazeirense um jornal: o Leia Esporte.

Produzi longos comentários e procurei escrever como falava ao microfone.

Com o tempo, saquei certas coisas nessa difícil arte. Por exemplo: hoje, a muito custo, estão lendo textos curtos e isolando os textões.

Procuro sempre dar uma enxugada nos que cometo.

Se a felicidade chega, também, quando a gente vai aprendendo e fazendo aquilo que gosta, não posso reclamar.

Na minha improvisada jornada de cronista, tem sido assim.

"Se me fecham as saídas, saio pelas entradas". Carlito Maia, publicitário.

3 comentários:

  1. Comigo foi assim. Quando em 01 de Julho de 1971 fui admitido no Banco do Cariri S/A a equipe do banco estava formada e o candidato não era eu. Pela mão do Padre Cicero, fui.

    Quando surgiu a possibilidade de ser promovido a tesoureiro, a mesma equipe tinha o seu candidato, mais uma vez derrotada, fui eu o escolhido.

    Um dia, o presidente do Banco, o Coronel Humberto Bezerra, a criatura que Deus criou mais perfeita e que mais admirei na vida, em visita a agência com o diretor Dr. Antonio Pompeu de Araújo, também, não era eu o candidato a gerente.

    Dr. Pompeu falou que eu deveria ir deixar os dois em Juazeiro. Eu encabulado, o meu carro era uma brasilia velha, veículo inadequado para conduzir um banqueiro e seu diretor. Sugeri que outro fosse.

    O Dr. Pompeu respondeu quem é pra ir é você, Mais uma vez o Padre Cicero estava colocando a mão no meu destino.

    Quando iniciamos o trajeto para Juazeiro o Coronel Humberto Bezerra disse para o Dr. Pompeu : Eu queria, um dia, vi ao Crato e não voltar aborrecido. "Olhou pra mim e perguntou : Você tem coragem de assumir essa onça?

    Eu não podia ter outra resposta a não ser - Tenho sim.

    Foram 12 anos como gerente e superintendente da agência.

    Aprendendo fazendo.

    Graças a mão do meu padrinho Cicero.

    Em nenhum momento era o preferido da turma.

    Atropelei todos.

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  2. Tai Compadre, detalhe que desconhecia de sua labuta incansável. Você nunca me falou da forma de sua ascensão no banco. Com certeza seu trabalho era observado e suas promoções não eram por acaso.

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